O aumento de 2,75% no preço da gasolina pressionou a inflação medida em dezembro pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O item liderou o ranking dos principais impactos individuais sobre o IPCA-15 do mês, com uma contribuição de 0,11 ponto porcentual, puxando o aumento de 1,16% no grupo Transportes em dezembro.
Também houve pressão dos itens passagens aéreas (22,34%) e etanol (4,34%). Por outro lado, o ônibus urbano ficou 1,04% mais barato, o principal impacto negativo no IPCA-15 de dezembro, -0,03 ponto porcentual. A tarifa de ônibus urbano teve redução em função da queda registrada no Rio de Janeiro (-5,28%) a partir de 15 de novembro.
Em dezembro, outros itens que pressionaram o orçamento das famílias foram plano de saúde (1,06%), empregado doméstico (0,52%) e roupa masculina (0,99%).
Famílias
Já as famílias brasileiras gastaram 2,15% menos com alimentação e bebidas no ano de 2017, de acordo com o IPCA-15. Também houve redução de preços de 1,51% nos Artigos de residência. Por outro lado, os gastos com Habitação subiram 6,15% em 2017; Saúde e cuidados pessoais, 6,68%; Educação, 6,96%; Despesas Pessoais, 4,75%; Transportes, 4,31%; Vestuário, 2,55%; e Comunicação, 1,50%.
Seis das onze regiões pesquisadas encerraram o ano com inflação abaixo do piso de 3% estipulado pela meta perseguida pelo governo. Brasília (3,74%) encerrou 2017 com a maior inflação acumulada, enquanto Belém teve a menor (1,47%).