Dois gêmeos idênticos, de 31 anos, deverão ter os seus nomes registrados na certidão de nascimento de uma menina de oito anos e pagar pensão alimentícia. A criança mora em Cachoeira Alta (213 km de Goiânia). As informações foram publicadas pela Folha de S.Paulo.
A decisão judicial foi do juiz Filipe Luís Peruca.
Gêmeos monozigóticos, ou univitelinos, têm o código genético igual e, por isso, os exames laboratoriais de DNA identificaram a compatibilidade da criança com os dois irmãos.
A mulher não soube distingui-los para dizer quem seria o pai de sua filha.
Um dia depois de a Justiça de Goiás divulgar sentença que ordenou dois gêmeos idênticos a pagarem pensão alimentícia, um deles decidiu se manifestar, na noite desta terça-feira (2), dizendo que não tem “nada a ver” com o caso.
“O processo foi desde o início contra o meu irmão. Estou no meio desta bagunça”, afirmou ele, de 31 anos, em nota encaminhada pela sua advogada. A defesa não informou se vai recorrer contra a decisão.
Os nomes das partes do processo não são divulgados por envolver interesse de criança. A mãe da menina, uma jovem de 25 anos, não quis conceder entrevista à Folha nesta terça-feira (2). O advogado Evandro de Azevedo Paganini, um dos seus representantes, reforçou a versão, dizendo que a mulher e um dos gêmeos só se encontraram uma vez e tiveram uma relação casual. Depois, conforme ressaltou Paganini, não houve mais contato entre eles.