A Polícia Federal (PF) prendeu o ex-prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado, na manhã desta quinta-feira (12) durante a Operação “Encilhamento”.
As investigações apuram irregularidades envolvendo a aplicação de recursos de institutos previdenciários em fundos de investimento. Do total das aplicações efetuadas na gestão do petista, cerca de R$ 348,6 milhões estavam alocados em mais de 20 fundos de investimento e, desses, já houve perda total ou parcial dos recursos.
Na cidade, além do ex-prefeito, outras três pessoas foram presas incluindo o ex-superintendente do Instituto de Previdência Municipal de Uberlândia (Ipremu), Marcos Botelho.
As investigações, que contaram com o apoio da Secretaria de Previdência (SPREV), levam em consideração desvios bilionários em diversos municípios. Ao todo são cumpridos 60 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão temporária. São investigados 13 fundos de investimento em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás.
A apuração começou em Uberlândia e, de acordo com a PF, há a indicação de envolvimento de uma empresa de consultoria contratada pelos institutos de Previdência e elementos que apontam para corrupção de servidores ligados a alguns deles.
No 2º semestre de 2016 foi constatada a existência de R$ 827 milhões em apenas oito destes fundos. O dinheiro, ainda segundo a PF, seria destinado ao pagamento das aposentadorias dos servidores municipais.
Os investigados vão responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, fraude a licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, com penas que variam de dois a 12 anos de prisão, de acordo com a PF em Uberlândia.