A Prefeitura de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, bloqueou temporariamente, nessa sexta-feira (21), cinco leitos de UTI para pacientes com Covid-19 no Hospital Municipal por falta de medicamentos e insumos para mantê-los em funcionamento.
“A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG,) assim como a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está sofrendo com o desabastecimento, não conseguindo suprir a necessidade emergencial do município. Contudo, a SMS continua buscando e articulando de maneira mais incisiva nas esferas estadual e federal para que o quanto antes seja regularizada está situação”, justifica o governo municipal, por meio de nota.
A reportagem questionou a SES-MG e o governo de Valadares sobre quando mais medicamentos devem ser recebidos e como o bloqueio afetará o atendimentos aos pacientes no município e aguarda retorno.
Também na sexta, a cidade reabriu dois leitos no Hospital Samaritano, que estavam bloqueados. Hoje, o município conta com 53 leitos leitos de UTI públicos: 28 no Hospital Bom Samaritano e 25 no Hospital Municipal.
A cidade, de 281 mil habitantes, acumula cerca de 25 mil casos de Covid-19 e 1.136 mortes. Embora não tenha aderido ao programa Minas Consciente, a atual situação da pandemia no município o enquadra da onda vermelha, de acordo com o governo estadual.
Resposta do governo estadual
Questionada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que, nessa sexta-feira, disponibilizou 120 mil medicamentos do “kit intubação” para 127 hospitais, entre eles, o Hospital Municipal de Governador Valadares.
De acordo com a pasta, a instituição recebeu cerca de 1.000 unidades de atracúrio, o bastante para três dias, e 2.750 unidades e fentanila, o que deve bastar por 15 dias. Os medicamentos são utilizados na intubação de pacientes.
“Ontem, também foi realizada uma reunião entre a SES-MG, o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e a Prefeitura de Governador Valadares para verificar a situação assistencial na cidade e os estoques de medicamentos para sedação. O Governo de Minas tem acompanhado se há um possível aumento de consumo na instituição”, continuou a SES-MG, por meio de nota.
A SES-MG também afirmou que a competência da aquisição e do controle de estoque de medicamentos é de cada instituição hospitalar e que, no caso dos medicamentos do “kit intubação”, é de responsabilidade federal, estadual e municipal.
Esta matéria está em atualização.