O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta segunda-feira (27/3) o início das obras de construção da biofábrica Wolbachia. O aumento da incidência das arboviroses no estado, como a dengue, a zika e a chikungunya, criaram a necessidade de tirar a obra do papel.
As obras começarão na segunda quinzena do mês de abril, e a previsão é de que a biofábrica esteja pronta em 15 meses. A unidade será construída no bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte. Primeiramente, a biofábrica vai atender 22 municípios da Bacia do Rio Paraopeba, mas o objetivo é combater as arboviroses em todo o estado.
Os municípios que serão atendidos primeiramente são: Betim, Brumadinho, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Ibirité, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Pompéu, São Joaquim de Bicas, São José da Varginha e Três Marias.
Responsabilidade da Vale
A construção da biofábrica está prevista no Acordo Judicial firmado pelo poder público com a Vale, mineradora responsável pelo rompimento da barragem na Mina do Córrego Feijão, em Brumadinho.
Para amenizar os danos gerados pela tragédia, o Acordo Judicial responsabiliza a Vale por construir, equipar e mobiliar a biofábrica, que será de propriedade do Estado de Minas Gerais. A mineradora também é obrigada a custear o funcionamento da unidade de combate a arboviroses por cinco anos, contados a partir da licença de operação e com valor previsto de R$ 57 milhões. Além disso, cabe à Vale pagar as despesas de segurança e de conservação do local, no período entre a conclusão da obra e o início da operação.
A execução do projeto está sendo acompanhada pela auditoria socioeconômica da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelos compromitentes do Termo de Reparação – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).
Os trabalhos na biofábrica Wolbachia serão conduzidos pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o World Mosquito Program (WMP), iniciativa internacional que atua na proteção das pessoas às doenças transmitidas por mosquitos aedes aegypti.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata