O embate entre o governo federal e o bilionário Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter), atingiu um novo patamar com a decisão do governo de suspender suas ações de publicidade na plataforma. A medida foi tomada após Musk dirigir ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A informação, divulgada pelo ICL Notícias e confirmada pelo Metrópoles, revela que desde o início do governo, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) empregou cerca de R$ 4,2 milhões em publicidade no X. No entanto, os recentes ataques de Musk às autoridades brasileiras desencadearam a suspensão dessas ações.
Elon Musk, em declarações polêmicas, ameaçou descumprir decisões judiciais ao reativar perfis que disseminam desinformação nas redes sociais, alegando que Moraes estaria cometendo censura ao derrubar essas contas na plataforma X.
Além dos ataques a Moraes, Musk também direcionou críticas ao presidente Lula, insinuando que o ministro do STF o controlaria. “Como foi Alexandre de Moraes se tornar o ditador do Brasil? Ele tem Lula na coleira 😂”, escreveu o bilionário em sua rede social.
Em resposta às provocações de Musk, Alexandre de Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil para cada perfil na plataforma X que venha a ser reativado, descumprindo determinações do STF ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, incluiu o bilionário no inquérito que investiga uma suposta milícia digital e abriu um novo inquérito para apurar se Musk cometeu crimes de obstrução à Justiça e incitação ao crime.
Esse embate entre o governo brasileiro e Elon Musk lança luz sobre as complexidades das relações entre poder público e grandes corporações de tecnologia, além de levantar questões sobre liberdade de expressão, controle de conteúdo e responsabilidade nas redes sociais.