Em áudios e imagens que circulam pelas redes sociais, caminhoneiros não descartam parar novamente na próxima segunda-feira (4). Essse definição, segundo motoristas ouvidos pela reportagem de O TEMPO, vai ocorrer nós proximos dias. Uma das possibilidades para que um novo protesto comece é em relação ao preço do óleo diesel, que deve cair R$ 0,46 nesta sexta-feira (1º).
“Todos os caminhoneiros autônomos, até agora, não foram correspondido com a baixa de combustível. Então, todos decidiram que, se não tiver a baixa até domingo, vamos voltar a protestar na segunda. A maioria dos postos não abaixou. Queremos a baixa de R$ 0,46 na bomba. Se a manifestação voltar, não tem data para acabar. Está sendo um desrepeito para gente”, afirmou o caminhoneiro Samuel Brandão, que participou do ato na BR-040, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
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O caminhoneiro Wilson André, que esteve na BR-381, em Igarapé, também na Grande BH, afirmou que considera positivo o balanço do protesto. “Não foi completamente satisfatória a proposta do governo, mas é muito difícil tirar deles mais do que já conseguimos. Existem esses rumores de nova paralisação, mas só vamos saber realmente se vai acontecer até domingo”, afirmou.
Por dez dias, o motorista que se identifica apenas como “Zé Pequeno” ficou na BR-381, em frente à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim. Já em casa, ele também afirmou que os caminhoneiros aguentariam ficar mais tempo nos bloqueios das estradas. “O que a gente conseguiu já foi uma vitória. Ficar nas estradas não foi difícil porque já estamos acostumados e ficaríamos mais 20 dias tranquilos. Porém, pesou a pressão psicológica. Chegaram a dizer que estava faltando medicamento em hospitais por nossa causa. Quando que o SUS funcionou aqui? Acredito, sim, que alguns grupos possam combinar mais um protesto”, finalizou.
Lei sancionada
Nessa quinta-feira, o preisdente Michel Temer (MDB) sancionou a lei a reoneração da folha de pagamento que aumenta a carga tributária de setores da economia. O presidente também editou três medidas para garantir o acordo feito com as lideranças dos caminhoneiros para a redução do preço do óleo diesel.
A manifestação da categoria começou em todo o país no dia 21 de maio. A categoria bloqueou várias rodovias federais e algumas estaduais. Em Minas Gerais, os dois maiores pontos de concentração dos grevistas ocorreram na BR-381 e BR-040.