Após assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (19/5), servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) suspenderam a greve que já durava 14 dias. Mais cedo, o Sindicato dos Trabalhadores da rede Fhemig (Sindpros) havia recebido uma notificação judicial determinando o fim da paralisação, sob pena de multa de R$ 10 mil diários.
A greve começou no dia 5 deste mês. Os servidores reivindicavam que o governo implementasse novas medidas na rede Fhemig, pois houve mudanças nos plantões, que passaram de 10 para 11, sem acréscimo salarial. Os profissionais, que trabalham 30 horas semanais, alegam que essas alterações podem causar grandes prejuízos na assistência aos pacientes e na precarização do serviço.
Outro fator que motivou o fim da paralisação foi a marcação de uma reunião entre o sindicato e representantes do governo do estado, nesta terça-feira (20). O encontro pode selar um acordo entre as duas partes referente às demandas dos trabalhadores. “A expectativa é de que o governo tenha o bom senso de discutir a situação e apresentar uma proposta para resolver. A resolução que a gente quer revogar traz sérios prejuízos ao trabalhador e ao paciente”, explicou o presidente do Sindpros, Carlos Martins.
A resolução que altera as escalas de trabalho é a 10.730/2023. O grupo ainda destaca que a diminuição nos horários pode impactar tratamentos de pacientes mais graves. Uma nova assembleia vai ser convocada após a reunião, para discutir o futuro do movimento.
A reportagem entrou em contato com a Fhemig e o Governo de Minas e aguarda retorno.