Apesar da greve dos caminhoneiros que já dura mais de dez dias, o movimento na rodoviária em Belo Horizonte, foi normal nessa quarta-feira, véspera de feriado prolongado de Corpus Christi, nesta quinta-feira (31). Segundo a Codemig, empresa que administra o terminal, a movimentações condiz com o que era esperado para a data. A Codemig garante que apesar dos reflexos da greve nenhum passageiro vai ficar sem viajar.
A empresa explica que de sexta-feira até terça-feira, 23% das viagens foram canceladas e, para conseguir trabalhar durante a paralisação, as viações remanejaram as partidas – o volume de viagens diminuiu, no entanto, o número de passageiros atendidos permanece o mesmo.
Outra ação das viações, de acordo com a administração da rodoviária, foi a mudança de rota: viagens que antes iriam direto para o destino final, agora fazem paradas nas cidades que ficam no caminho. A reportagem de O TEMPO, não teve acesso ao balanço da situação da rodoviária relativo ao dia de ontem, pois esse resultado só seria liberado à meia noite de ontem.
Nos guichês passageiros reclamavam que a fila estava maior do que o normal, mesmo em véspera de feriado. A doméstica, Maralene Costa contou que está indo para Barão de Cocais e ainda não tinha comprado passagem, ela disse que estava na fila quase meia hora. “Eu esperava pegar o ônibus de 15h15, mas não vou conseguir. Devo conseguir sair apenas às 17h. A espera será longa”, falou.
Quem também estava indo para a mesmo destino de Maralene, era a estudante Júlia Helena, ela contou que não está viajando no horário que ela está acostumada a viajar. A estudante faz essa viagem de 15 em 15 dias para visitar a família.
“Normalmente tem ônibus de duas em duas horas para Barão de Cocais, por isso eu cheguei aqui por volta de 10h da manhã para embarcar ao meio dia, mas só tinha esse agora de 15h15”, contou. Na opinião de Júlia, a causa desse problema é a greve dos caminhoneiros, para ela diversas pessoas que não costumam utilizar esse meio de transporte estão utilizando por falta de gasolina.
E quem confirma a teoria de Júlia, é a também estudante Clara, que estava na fila do guichê para comprar uma passagem para Curvelo. “Geralmente eu não vou de ônibus, hoje eu vou mesmo porque não tem muito carro circulando por causa da gasolina e eu não consegui uma carona”, disse. A também estudante Ana Luísa Zinato que estava indo para Marina, contou que apesar de não utilizar esse meio de transporte recorrentemente, a fila está maior do que ela esperava. “Estou com medo até de não encontrar passagem”, declarou.
Quem também estava com medo de não encontrar passagem era a Rayane Lopes, ela vai viajar apenas amanhã para Januária, mas preferiu comprar o bilhete com antecedência. “Eu não costumo comprar a passagem antes como estou fazendo hoje, mas por causa da greve tomei essa decisão”, explicou.
A administração da rodoviária espera que a greve não interfira no aumento esperado de viagens de 2% em relação ao ano passado.
Aeroporto
A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de BH, informou que atingiu ontem um nível de estoque normal de querosene de aviação para o reabastecimento das aeronaves. Sobre os 16 voos cancelados nessa quarta-feira, a empresa explica que todos foram planejados pelas companhias aéreas e todos os passageiros foram contactados e reacomodados em outros voos com antecedência.