Um grupo de acampados do assentamento do campus Glória, que pertence à Universidade Federal de Uberlândia (UFU), fechou a BR-050 por volta das 8h desta sexta-feira (15). Segundo as primeiras informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a rodovia está fechada nos dois sentidos na altura do km 78, próximo à área ocupada, na saída para Uberaba.
Os manifestantes queimaram alguns pneus e pedem a resolução do impasse sobre a regularização da área de 63 hectares. De acordo com a assessoria de comunicação da MGO Rodovias, a concessionária está monitorando o protesto por meio do sistema de videomonitoramento e a PRF foi acionada e segue ao local neste momento.
Invasão no campus
Atualmente, são mais de 15 mil pessoas vivendo na área que já conta com 2.350 moradias em 63 hectares de terreno localizado às margens da BR-050. O local foi invadido no início de 2012 por famílias do Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB). A estrutura residencial improvisada conta com numeração de casas, comércios instalados e área reservada a equipamentos públicos como escolas e unidade de saúde.
A decisão de reintegração de posse da área foi reeditada no mês passado obrigando os órgãos envolvidos a cumprir as medidas necessárias. O advogado da Pastoral da Terra, Igino Marcos, garantiu que a reintegração não seria necessária, uma vez que a negociação para a regularização da área está encaminhada e depende de doação da Fazenda Capim Branco.
Segundo ele, a União havia sinalizado que doaria o terreno Capim Branco para a universidade, orçado em R$ 42 milhões, com a condição de que a UFU desistisse da ação de reintegração e na sequência se promovesse um programa de regularização fundiária, onde as famílias pagariam R$ 60 milhões para a universidade e a Prefeitura cuja metade do valor iria para o Município investir na urbanização da área e os outros R$ 30 milhões seriam destinados à UFU a fim de a universidade dar seguimento ao projeto de extensão.
A previsão é de que todo esse processo de negociação do novo terreno fosse finalizado até o próximo mês. Nesta quarta-feira (14), famílias do MSTB protestaram no prédio da Reitoria