Por tempo indeterminado, o Grupo João Lyra estará sob comando de interventores. A determinação foi feita pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade.
Por tempo indeterminado, o Grupo João Lyra estará sob comando de interventores. A determinação foi feita pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade. Na noite desta quinta-feira (26), ele também decidiu o afastamento de toda a diretoria da Laginha, integrante do Grupo João Lyra. A decisão está publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE).
Ademar Amorim, administrador de empresas, é quem que está no comando do processo de intervenção e será auxiliado pelo economista João Evaldo Louzasso e pelo advogado Carlos Benedito Lima Franco. Ambos foram nomeados por meio do decreto do magistrado para compor o conselho de administração. Em caso de descumprimento da decisão, a força policial poderá ser empregada.
Os interventores, de acordo com o magistrado, apresentam como objetivo fazer um relatório com todos os detalhes da atual situação financeira de todas as empresas que integram o Grupo João Lyra. Para que haja um conhecimento de todos os acionistas e credores das finanças do grupo os relatórios deverão ser entregues mensalmente à justiça.
O acompanhamento das finanças do grupo, de acordo com o juiz Sóstenes Alexnão, não acontecia com freqüência e nem era repassado para conhecimento dos acionistas e credores. A falência do Grupo João Lyra só terá parecer judicial depois que todos os diagnósticos forem suficientes para uma posição final.
O encaminhamento da decisão feita pelo magistrado se destinará para aos Tribunais Regionais do Trabalho de Minas Gerais e Alagoas. Além disso, irá para a Junta Comercial dos dois estados onde o grupo possui as empresas. Também serão notificados na decisão os bancos credores.
Sobre o caso
O Tribunal de Justiça de Alagoas, no dia 27 de setembro, decretou a falência do Grupo João Lyra que até aquele momento tinha uma dívida de R$ 1,285 bilhão. Com base no plano de recuperação apresentado pelo grupo em 2009 onde o valor não foi pago de acordo com o prazo estabelecido pela justiça, a decisão foi feita pela Terceira Câmara Cível.
O juiz Marcelo Tadeu, explicou na decisão que o Grupo João Lyra não aportou os recursos prometidos e com isso o equilíbrio financeiro foi comprometido. Serão afetadas as usinas Laginha, Guaxuma e Uruba (em Alagoas) e Triálcool e Vale do Paranaíba (em Minas Gerais) bem como a LUG Táxi Aéreo e a concessionária de veículos Mapel. Pela decisão, as empresas de comunicação não serão afetadas.
Fonte: Jornal Extra de Alagoas