As equipes da Guarda Civil Municipal (GCM) de Belo Horizonte que estão de plantão nesta segunda-feira (24) cruzaram os braços durante toda a manhã e ficaram aquartelados na sede da corporação, na avenida dos Andradas. Eles voltaram ao serviço por volta das 11h, mas prometem fazer uma greve branca, sem patrulhamento, abordagens, prisões, multas, fiscalização de trânsito ou do código da postura, entre outras atividades desempenhadas por eles.
O motivo do movimento, segundo a categoria, é que o prefeito Alexandre Kalil (PHS) descumpriu a promessa de conceder um reajuste especial por se tratar de uma força policial, propondo um aumento único de 2,53% para todos os trabalhadores do município.
Conforme os agentes que participam do movimento, são cerca de 650 guardas por plantão, sendo que todos eles não atuaram. “Ninguém saiu para a rua, pois o prefeito prometeu em mesa de negociação que daria um aumentou diferenciado e não cumpriu. Queremos isso, um plano de carreira e melhoras na logística. Pedimos isso pois somos polícia do município, são várias atribuições e temos segundos para decidir entre a vida e a morte da população”, argumenta um dos guardas, que não quis ser identificado.
Ainda conforme o agente, desde que a GCM passou a ser armada, houve uma redução de 23% na criminalidade da cidade. “É um absurdo o prefeito prometer algo e não cumprir”, finaliza o guarda municipal.
Procurada por O TEMPO, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Municipal confirmou que parte dos trabalhadores ficou até por volta das 11h na sede da Guarda Municipal, localizada na avenida dos Andradas, reunida com o sindicato. Conforme a guarda, 60% da categoria continua trabalhando normalmente. Na reunião foi formada uma comissão com sete guardas para representar a categoria em uma reunião com o secretário de planejamento, André Abreu, que acontecerá às 16h de terça-feira (25).
Sindibel
Em contato com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, a reportagem foi informada de que não há uma greve oficial, o que é considerado ilegal por se tratar de uma força policial.
“Chamamos uma assembleia para esta terça-feira (25) às 19h, na sede do sindicato, para fazermos uma avaliação da proposta feita pela prefeitura”, disse o presidente.
Atualizada às 12h29