A Justiça de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, concedeu liberdade provisória ao cabeleireiro Wallyson Romário dos Santos, 23, acusado de agredir o engenheiro norte-americano Herman Durwood, 51. A vítima morreu um mês depois da briga, em decorrência das lesões que sofreu na região da cabeça. O outro acusado do homicídio, Jefferson Batista Xavier, 23, havia conseguido o habeas corpus na última semana.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) tinham negado os pedidos de soltura feitos pela defesa do cabeleireiro. No entanto, como o outro réu conseguiu a liberdade em decisão do STJ, a defesa de Santos entrou com novo pedido na primeira instância, na comarca de Uberlândia, e conseguiu a igualdade de tratamento.
Santos e Xavier estavam presos desde a data do crime, em 8 de dezembro do ano passado. Xavier deixou o Presídio Professor Jacy de Assis na última quinta-feira. Já Santos teve o alvará de soltura cumprido no último sábado.
O norte-americano estava no país prestando serviços para uma empresa brasileira e foi agredido quando saía de uma boate no centro de Uberlândia. Uma câmera de vigilância gravou o momento em que ele é golpeado diversas vezes na cabeça, sem esboçar nenhuma reação. Nas imagens, a vítima aparece discutindo com um dos suspeitos e, em seguida, recebe um soco no rosto, é empurrada e cai no chão. Deitado, o homem ainda é atingido ao menos mais três vezes na região da cabeça, com chutes e joelhadas.
Durwood sofreu traumatismo craniano e ficou internado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Depois de um mês em tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele foi transferido para um hospital nos Estados Unidos, a pedido da família, onde morreu dez dias depois.
Os dois suspeitos não tinham passagens anteriores pela polícia. Eles vão responder por homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima. Se condenados, poderão pegar uma pena de até 30 anos de prisão.
O norte-americano Herman Durwood estava no Brasil a trabalho, pela Souza Cruz. Ele era casado e morava no Estado da Carolina do Norte.
Testemunha e réus têm versões diferentes para motivo da briga
As agressões sofridas pelo engenheiro norte-americano Herman Durwood, 51, teriam sido motivadas por um esbarrão provocado por ciúmes, dentro da boate onde ele estava antes da briga. Essa versão foi apresentada por uma mulher que acompanhava o estrangeiro no momento em que ele foi agredido.
Já a defesa dos réus afirma que quem teria ficado com ciúmes foi a vítima, que teria feito inclusive ofensas racistas aos suspeitos. Esse teria sido o estopim das agressões, segundo as defesas de Wallyson dos Santos e Jefferson Xavier.
O norte-americano estava no Brasil havia cerca de um mês, a trabalho.
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Homem teve traumatismo craniano após ser golpeado na cabeça |