Um homem que estava na garupa de uma moto que se envolveu em um acidente com um furgão ficou mais de uma hora esperando por socorro, na manhã deste sábado (17), na avenida Cristiano Machado, na região de Venda Nova.
O empresário Victor Villafort, de 31 anos, que estava em uma Fiorino ao lado da mulher dele, que dirigia o veículo, conta que o acidente aconteceu no momento em que o furgão parou em um semáforo próximo a um viaduto na Cristiano Machado.
“O motoqueiro bateu na tarseira do meu carro. ela viu pelo retrovisor que alguém ficou embaixo do carro e ficou em estado de choque. Eu desci para ver o que era. Eram duas pessoas na moto. O piloto não teve nada e o rapaz que estava na garupa foi arremessado e entrou embaixo do carro”, afirma Villafort.
“Isso aconteceu às 8h50. O pessoal que estava próximo da gente ligou para o Samu e para o Corpo de Bombeiros e ninguém apareceu. Quando foi 9h25 eu liguei para o Samu e eles disseram que já tinha esse chamado para os bombeiros e, por isso, eles não enviariam viatura”, completa.
Diante da explicação do Samu, Villafort ligou para o Corpo de Bombeiros. “Os bombeiros falaram comigo que eles não tinham viatura disponível no momento e que era para aguentar. Isso já tinha mais de meia hora que o rapaz estava agonizando no asfalto quente”, disse.
De acordo com o empresário, um sargento dos bombeiros que estava em um carro particular passou pelo local e ajudou a vítima. “Ele auxiliou em algumas coisas, colocou um colar cervical no rapaz e examinou o motoqueiro. parece que o rapaz tinha uma costela quebrada”, ressalta.
Ainda conforme o relato de Villafort, o militar tinha um compromisso no trabalho e precisou deixar o local. Contudo, antes de ir embora, ele ligou para o Corpo de Bomebeiros e para o Samu avisando novamente sobre o acidente.
As testemunhas e a vítima ainda esperaram até 10h25, quando o Samu finalmente chegou ao local para o resgate. O motociclista e o homem ferido foram conduzidos para um hospital em BH. “O que me chamou a atenção foi a demora nesse atendimento. acidente de moto é muito sério, eu mesmo já sofri um acidente assim, e sei bem como é. demorou demais no atendimento e sem falar no despreparo do pessoal no telefone para atender a gente numa situação dessa”, lamenta o empresário.
A reportagem tentou contato nesta manhã, por telefone, com a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo Samu, mas as ligações não foram atendidas. Já o corpo de bombeiros disse que não encontrou qualquer ocorrência relacionada ao caso.