Um homem de 28 anos foi preso após matar a ex-namorada e o filho deles, um bebê de apenas 7 meses, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas tiveram braçadeiras amarradas nos pescoços. Nesta terça-feira (13), Mirio Ferraz Soares foi apresentado pela Polícia Civil e afirmou ter se arrependido.
Jhenifer Katlen Silva saiu da casa da família com o filho, o pequeno Heytor Junio Silva, no dia 15 de janeiro deste ano. Desde então, parentes não tiveram mais notícias de mãe e filho. “Sem contar aos familiares, ela foi para a casa do Mirio, onde, segundo ele contou, mantiveram relações sexuais. Na madrugada do dia 16, o investigado foi levar a ex em um ponto de ônibus, onde teria sido agredido por ela”, explicou o delegado Rogério Melo Franco.
Após a agressão, ele estrangulou a adolescente e a criança, e, em seguida, jogou os corpos em uma área conhecida como Água Limpa. O pedreiro ainda usou os pés e mãos para jogar terra e entulhos nos corpos. “Ele chegou aprestar depoimento e disse que tinha visto a ex antes do Natal. No entanto, em nova conversa com a polícia, acabou confessando os crimes e apontando o local em que estavam os restos mortais. Conseguimos achar a jovem com a braçadeira no pescoço, mas sem o braço, que pode ter sido comido por algum animal. Já do bebê encontramos apenas o crânio”, destacou o policial.
Dinheiro
Ainda conforme a polícia, Jhenifer não aceitaria o fim do relacionamento, o que irritou o suspeito. O pedreiro já tem outra mulher que, inclusive, está grávida. Outro ponto apontado para a desavença do ex-casal era o fato da adolescente pedir dinheiro para a criação do filho. O homem nega.
“Eu ‘saí fora de mim’ quando ela bateu na minha cara. Quem me conhece sabe que eu não sou assim. Quero pedir desculpas para a família dela e para a minha”, afirmou o preso.
O criminoso, que não tinha antecedentes criminais, vai responder por feminicídio, homicídio do filho e ocultação de cadáver.
Após os crimes, o pedreiro pegou o telefone da ex-namorada e começou a enviar mensagens para a família dela se passando pela adolescente. Nos textos, ele afirmou que a garota queria um tempo dos familiares e só voltaria para casa quando o filho completasse 1 ano. Ainda segundo a Polícia Civil, não havia nenhum registro anterior da vítima contra o criminoso.