UBERABA, TRIÂNGULO MINEIRO – Homem que deixou ossada em plena avenida Guilherme Ferreira confessou ter matado, a golpes de faca, a própria namorada após se sentir ameaçado por ela. Segundo o autor, assassinato de Michelle Poliana da Silva Alves ocorreu em novembro do ano passado. Investigações prosseguem para confirmar a identificação, por DNA, da ossada encontrada em via pública.
Em entrevista à reportagem do Jornal da Manhã, de Uberaba, o delegado-chefe PC, Heli Andrade, confirmou a autoria do homicídio de Michelle Poliana da Silva Alves, de 24 anos. “Na sexta-feira (29), após a localização de F.E.T.J., suspeito de descartar uma ossada na avenida Guilherme Ferreira um dia antes, passamos a investigar de quem seria o material encontrado. Em conversas com vizinhos do suspeito, na rua Duque de Caxias, soubemos que ele se relacionava com uma jovem chamada Michelle, magra e de pequena estatura, com as mesmas características da ossada. No sábado (30) pela manhã, o delegado Cyro Outeiro levantou quais pessoas teriam desaparecido há menos de um ano. Uma jovem foi identificada. Estivemos na casa de Michelle, no bairro Jardim Anatê, com registro de desaparecimento em 9 de fevereiro deste ano. No mesmo dia, a dona de casa L.B.S., 48, mãe da desaparecida, foi encaminhada à Perícia da PC para coleta de material para exame de DNA. Questionada se reconheceria o ex-namorado de sua filha, ela disse que seria possível. Na delegacia de plantão, enquanto era realizada a oitiva de F.E.T.J., ela prontamente o reconheceu. Então, a partir daquele momento tivemos quase certeza de que a ossada seria de Michelle”, explicou o delegado.
Ainda no sábado, foi pedida a prisão temporária do suspeito, sendo o mandado judicial decretado pelo juiz de plantão e cumprido no período da noite. “Ontem [segunda-feira], em nova conversa com F.E.T.J., ele resolveu abrir o coração e contar que realmente matou Michelle. Segundo ele, os dois viviam juntos há muito tempo, mas que ela sempre brincava com faca e, por medo de morrer, acabou matando-a. Então, o fato foi esse. Ele confessou a autoria. Agora é esperar o laudo do DNA para fazer a constatação do que foi materializado e concluir o inquérito policial, para ser encaminhando à Justiça”, revelou o delegado.