Na noite desta quarta-feira (13), um homem, identificado como Francisco Wanderley Luiz, tentou invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília portando explosivos e morreu após ativar os artefatos próximos à estátua da Justiça.
Momentos antes, Luiz havia detonado um carro com explosivos no estacionamento da Câmara dos Deputados, causando uma forte explosão que foi ouvida dentro do STF.
Ação e impacto nos prédios públicos
O incidente ocorreu por volta das 19h30, após o fim de uma sessão do plenário do STF, levando ao esvaziamento imediato do prédio. O impacto foi significativo, com a Polícia Federal instaurando um inquérito para investigar as explosões. Além disso, será realizada uma varredura nos prédios da Câmara e do STF nesta quinta-feira (14), quando as atividades serão retomadas a partir das 12h.
A sessão da Câmara estava em andamento, discutindo a PEC sobre imunidade tributária das igrejas. Após a explosão, houve debates sobre a continuidade dos trabalhos em meio a um ambiente de crescente preocupação com a violência.
Identidade e histórico do suspeito
Francisco Wanderley Luiz, de Santa Catarina, estava em Brasília há quatro meses e havia sido candidato a vereador em 2020. Nas redes sociais, ele postou mensagens alarmantes sobre bombas em locais estratégicos e chegou a divulgar uma suposta foto no plenário do STF, agora sob investigação para verificação de data e autenticidade.
Reação das autoridades
A governadora em exercício do DF, Celina Leão, confirmou que o homem morto era o dono do carro encontrado após a explosão. Já o governador Ibaneis Rocha, em viagem à Itália, minimizou a ocorrência ao mencionar que “maluco tem em todo lugar”.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) reforçou a segurança dos palácios governamentais, e o presidente Lula estava em segurança, reunido com ministros no Palácio do Alvorada no momento do incidente.
Contexto pós-8 de Janeiro
Este episódio de violência ocorre quase dois anos após os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos três Poderes. Desde então, o aumento da segurança nas instituições públicas de Brasília tem sido prioridade, porém, o incidente desta quarta-feira reacende o debate sobre as medidas de proteção nos prédios governamentais e o monitoramento de atividades suspeitas.
A situação permanece em monitoramento pelas forças de segurança, e o presidente Lula tem agenda prevista no Rio de Janeiro para participar do G20, onde questões de segurança e democracia devem ser pauta de discussões.