Humanização. Cada vez mais, essa palavra marca presença de forma veemente nos processos que envolvem os atendimentos relacionados à saúde. Mais do que oferecer aos pacientes o atendimento clínico de suas necessidades, estar atento às particularidades e enxergar além da doença é de suma importância para criar todo um ambiente de bem-estar e acolhimento.
Diversos processos vêm sendo aprimorados dentro dos hospitais em nome desse objetivo, incluindo a formação de equipes fortes e multidisciplinares. Um exemplo dessa realidade é o Hospital Integrado do Câncer Mater Dei (HIC). No último dia 18, o local celebrou dois anos de funcionamento. Localizado na unidade Mater Dei Contorno e pertencente à Rede Mater Dei de Saúde, tradicional em diagnóstico e tratamento de paciente oncológicos, o lugar conta com o suporte de toda a estrutura hospitalar.
“Não existem somente os serviços de oncologia, cirurgia e radioterapia. Contamos com diversas áreas, como clínica geral, infectologia, reprodução humana, genética, pediatria… São mais de 50 especialidades envolvidas”, ressalta o coordenador do Hospital Integrado Mater Dei, Enaldo Melo de Lima.
Conforme o profissional explica, essa integração permite melhorias no que diz respeito não somente aos tratamentos, mas também aos diagnósticos que são realizados. Além disso, as pessoas que estão envolvidas no processo se capacitam cada vez mais, pois têm a oportunidade de estudar e aprender frequentemente com os casos e com os colegas de profissão.
“Fazemos 11 reuniões semanais. São, em média, duas reuniões diárias, em que discutimos todos os casos de todos os setores, o que melhora o atendimento no geral. A decisão é melhor quando é multidisciplinar”, frisa Lima.
O local tem capacidade para mais de 3.400 atendimentos por mês. A sua estrutura física é ampla, planejada dento dos padrões mundiais de conforto e também de praticidade, oferecendo segurança aos pacientes.
Tecnologia. Além de todo o suporte humano, existe também a contribuição da tecnologia. No Hospital Integrado do Câncer Mater Dei, há o PET/CT, que, conforme explica Lima, é o equipamento mais moderno em radiologia. Por meio dele, é possível ver se há alguma célula tumoral cancerígena, havendo a fusão da anatomia com o metabolismo do tumor, ou seja, é possível ver a forma dele e a atividade da patologia.
Além disso, outro recurso muito importante é o robô Da Vinci Xi, conforme frisa José Henrique, diretor de operações do Mater Dei Contorno. Como explica o profissional, a cirurgia robótica é muito indicada em diversos casos de pacientes com câncer, quando envolve, principalmente, intercorrências na próstata, ginecológicas ou torácicas. “O robô é menos invasivo e proporciona uma assertividade maior”, afirma ele.
Transplante. Além disso, há menos de um ano, foi inaugurado no local o setor de transplante de medula óssea. Até hoje, sete pacientes já passaram por esse processo, sem que problemas fossem registrados, como afirma Lima. Para ele, esta é mais uma arma no tratamento do câncer, contando com uma estrutura especial para isso. “A construção foi feita dentro do Centro de Terapia Intensiva (CTI). Dessa forma, houve um aumento da segurança para o paciente”, afirma ele.
Pronto-socorro. Outro diferencial apresentado pelo local, como frisa Henrique, é o primeiro pronto-socorro oncológico de Minas Gerais. O diretor de operações relata que, muitas vezes, os pacientes que estão em um tratamento contra o câncer ficam muito debilitados. Com esse tipo de serviço, se há alguma intercorrência, o paciente vai até o hospital e é atendido por oncologistas “que tratam esses casos de uma forma mais eficiente”, destaca.
Estrutura. O complexo de tratamento inclui áreas de onco-hematologia, oncopediatria, clínica de dor, a cardio-oncologia, uma inovação no Brasil, oncogenética, nutrição oncológica, cirurgia oncológica, check-up oncológico, serviço de anatomia patológica, laboratório de análises clínicas e a unidade de transplante de medula óssea (TMO) e pronto-socorro oncológico.
Números
600 mil novos casos de câncer devem ser registrados no Brasil neste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca)
20% foi o crescimento no número de pessoas com câncer, nos últimos anos, segundo o Inca