No último sábado, dia 6 de abril, o Brasil perdeu um de seus mais queridos e talentosos escritores e desenhistas, Ziraldo, aos 91 anos de idade. O criador do icônico “Menino Maluquinho” faleceu enquanto dormia em seu apartamento no bairro da Lagoa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, por volta das 15h, conforme confirmado pela sua família.
O velório do renomado artista foi realizado na manhã deste domingo, dia 7, no Museu de Arte Moderna (MAM), localizado no Aterro do Flamengo. Além do afeto da família e amigos próximos, a cerimônia contou com a presença de inúmeros fãs que prestaram suas homenagens ao criador do inesquecível ‘Menino Maluquinho’, utilizando camisetas e cartazes em sua reverência.
Fabrizia Pinto, filha de Ziraldo, compartilhou emocionantes lembranças de seu pai, descrevendo-o como um “salva-vidas do planeta”, devido à sua notável generosidade para com as pessoas. Desde tenra idade, Ziraldo nutria um profundo desejo de fazer o bem e “salvar o mundo”, conforme relatado por sua filha. Sua generosidade, por vezes excessiva, o levava a ajudar até mesmo aqueles desprovidos de talento, apenas pelo anseio de auxiliar o próximo.
Durante a cerimônia, Fabrizia também expressou um antigo desejo de ver uma estátua de bronze de seu pai ao lado do renomado poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana, como uma forma de eternizar a contribuição de Ziraldo para a cultura brasileira. Além disso, anunciou planos para estabelecer um centro cultural permanente em homenagem ao legado de Ziraldo, citando a exposição “Mundo Zira – Ziraldo Interativo” que está em exibição no Centro Cultural Banco do Brasil.
Daniela Thomas, outra filha do cartunista, enfatizou o impacto duradouro que Ziraldo deixou tanto para sua família quanto para a sociedade em geral. Ela destacou a ambição de seu pai em fazer o bem e deixar um legado positivo na vida das pessoas. Segundo Daniela, o compromisso de Ziraldo com a melhoria da sociedade era impulsionado por um desejo incansável de fazer a diferença, o que o levou a uma vida dedicada à produção literária, palestras inspiradoras e à promoção da educação e cultura infantil.
Com a partida de Ziraldo, o Brasil perde não apenas um talentoso artista, mas um verdadeiro ícone cujo legado de generosidade, compromisso social e criatividade continuará a inspirar gerações futuras. Suas obras continuarão a encantar e educar crianças e adultos, mantendo viva a memória de um dos maiores nomes da literatura infantil brasileira.