O mais famoso guerrilheiro latino-americano, Ernesto Guevara de la Serna, é também uma das figuras mais controversas do século 20. Líder revolucionário libertador para uns, para outros, como Humberto Fontova, um assassino cruel idolatrado por “idiotas úteis”.Jornalista, cientista político e mestre em estudos latino-americanos pela Universidade de Tulane, Fontova fugiu de Cuba com sua família em 1961.
Em “O Verdadeiro Che Guevara”, livro que acompanha o documentário “Guevara: Anatomia de um Mito”, Fontova descreve o revolucionário como um médico fracassado e um estrategista militar incompetente.
Segundo o autor, a maior parte do que sabemos sobre a vida de Guevara se fundamenta em
uma biografia escrita pelo Partido Comunista do México e nos arquivos do Departamento de Propaganda de Cuba, controlado por Fidel Castro e pela viúva de Che.
Para contestar a versão mais conhecida dessa história, ele conversou com membros da revolução e refugiados, testemunhas diretas da ascensão de Fidel e da ação de Guevara. Fontova também é autor de “Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo”.
Filho mais velho de uma família de cinco irmãos, Ernesto Guevara de la Serna nasceu em 14 de maio de 1928, na Argentina. A viagem com o amigo Alberto Granado –episódio retratado no filme “Diários da Motocicleta” (2004), do brasileiro Walter Salles– impressionou o argentino.
O “comandante” foi condecorado pelo então presidente Jânio Quadros com a Ordem do Cruzeiro do Sul, honraria concedida pelo governo brasileiro.
Depois de participar de revoluções e guerrilhas na América Latina e na África, ele foi executado com oito tiros por militares bolivianos no dia 9 de outubro de 1967. A morte aconteceu na aldeia de La Higuera.