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Igreja Universal usou sua máquina para exaltar Bolsonaro e atacar Haddad, diz Folha

Central de Jornalismo
Edir Macedo (Foto: Divulgação)

Edir Macedo (Foto: Divulgação)

A rixa entre Fernando Haddad (PT) e o líder da Igreja Universal do Reino De Deus teve início durante a gestão de Haddad na prefeitura de São Paulo. O prefeito petista chegou a cogitar a demolição do Templo de Salomão —uma obra faraônica da Universal que custou cerca de R$608 milhões. Haddad alegou pendências urbanísticas para demolir o templo.

Haddad —alcunhado de ‘Jaiminho’ pelo historiador Marco Antônio Villa, da Jovem Pan—, chamou Edir Macedo —que se alto denomina ‘bispo’— de ‘fundamentalista charlatão, com fome de dinheiro’. A entrevista foi cedida durante coletiva de imprensa no dia 12 de outubro —feriado católico de Nossa Senhora de Aparecida.

O petista tentava, naquele momento, mais uma retórica que o Partido dos Trabalhadores sempre adotou — ‘nós contra eles’, ‘pobres contra ricos’, ‘católicos contra evangélicos’.

Macedo ingressou na Justiça e no Ministério Público Federal contra o candidato derrotado do PT à Presidência e pede indenização de 83 salários mínimos.

O jornal Folha de S.Paulo —que é alvo de críticas aguerridas do presidente eleito Jair Bolsonaro—, publicou reportagem nesta sexta-feira (01) de novembro, afirmando que o conglomerado de mídia de Edir Macedo atacou Fernando Haddad e protegeu Bolsonaro.

No primeiro turno, um Bolsonaro ainda se recuperando atentando a faca alegou motivos médicos para faltar ao último debate. Enquanto presidenciáveis discutiam, a emissora o entrevistou por 26 minutos.

‘Um papo dócil, acompanhado por Douglas Tavolaro, braço direito de Macedo e coautor de sua biografia’, enfatiza a publicação do jornal paulista.

No domingo (28), após ser confirmado o novo presidente do Brasil, Bolsonaro cedeu a primeira entrevista à Record Tv. “Eu que agradeço o jornalismo isento da Record”, disparou o polêmico presidente eleito, que se afigura a Donald Trump —presidente norte americano.

Ainda segundo a publicação do periódico paulista, jornalistas a serviço da Record TV se diziam desconfortáveis com o tratamento acrítico a Bolsonaro. A chefia da emissora teria vetado uma reportagem sobre um mestre de capoeira simpático ao PT e assassinado por um homem supostamente bolsonarista.

Na última terça-feira (30), Bolsonaro participou de um culto evangélico na igreja de Silas Malafaia.

Presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), participa de culto na Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo com a presença do pastor Silas Malafia Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

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