O índice de preços ao consumidor (IPC) da cidade de Uberlândia foi disponibilizado na manhã desta sexta-feira (16/02), apresentado pelo economista Alvaro Fonseca, integrante do Centro de Pesquisas Econômico-sociais do Instituto de Economia e Relações Internacionais da UFU (Cepes/IE), responsável pelo levantamento dos dados. Segundo o boletim, os consumidores de Uberlândia foram impactados por um aumento de 0,16% nos preços em janeiro com relação ao mês anterior.
O grupo de educação, que engloba preços de objetos de papelaria e serviços como escolas e faculdades particulares, foi responsável pela maior aceleração nos preços, devido à volta às aulas. Em contrapartida, apesar do peso que o transporte teve no cotidiano dos uberlandenses devido ao reajuste na tarifa do transporte público e na variação de preço da gasolina, o grupo de transporte apresentou uma desaceleração nos preços em geral. Fonseca explica que essa desaceleração foi devido à queda em um dos itens do grupo, o de “veículo próprio”, que inclui preços de veículos e de serviços de manutenção.
Conjuntos como habitação, artigos de residência, vestuário e despesas pessoais também apresentaram recuo em relação ao mês de dezembro de 2017.
Cesta básica e salário mínimo necessário
Os alimentos que compõem a cesta básica sofreram um aumento de 4,72% em relação ao último mês, fazendo com que o consumidor desembolse o valor de R$ 359,52 para cesta. O gasto subiu principalmente por conta de alimentos como tomate, batata e margarina. Por outro lado, produtos como leite, farinha de trigo e pão francês tiveram queda.
O valor do salário mínimo necessário é calculado a partir do valor da cesta básica e toma como referência uma família composta por quatro pessoas. Assim, o valor mínimo para a manutenção de uma família em Uberlândia, no mês de janeiro de 2018, foi de R$ 3.020,35; um valor mais de três vezes maior que o recém-ajustado salário mínimo oficial de R$ 954,00.
Confira o boletim do IPC na íntegra