Caroline Aleixo e Fernanda Vieira
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) fecharam por mais de duas horas a BR-365, na manhã desta quarta-feira (11), no perímetro urbano de Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro. A ação dos cerca de 70 manifestantes integrou a jornada nacional de lutas em defesa da Reforma Agrária.
A Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais disse que vai se pronunciar sobre as manifestações quando receber as reivindicações oficiais dos manifestantes. Em todo o estado, foram registrados seis pontos de bloqueio em rodovias.
Segundo moradores da cidade, os manifestantes queimaram pneus e espalharam blocos de concreto na pista e na marginal. A rodovia foi interditada por volta das 8h e equipes das polícias Militar e Rodoviária Federal (PRF) acompanharam o protesto.
Cartazes e faixas levantadas pelos manifestantes pediam atenção do governo federal para que a reforma agrária volte a ser colocada em pauta. De acordo com líderes do movimento, os manifestantes representavam 4.000 famílias acampadas em áreas do Triângulo Mineiro como Monte Alegre de Minas, Prata, Araguari e Uberlândia.
Após os manifestantes liberarem a pista, alguns motoristas tentaram passar pelos pneus ainda em chamas. Foi preciso utilizar uma máquina da Prefeitura para retirar os destroços do asfalto.
Moradores reivindicam passarela na rodovia
Um grupo de moradores de Monte Alegre também aproveitou a oportunidades para protestar. Eles pedem a construção de uma passarela na rodovia. Segundo eles, o único acesso ao centro da cidade é por um túnel estreito, onde só passa um veículo por vez e coloca em risco a vida dos pedestres. O grupo chegou a bloquear a passagem nesta manhã (11), mas a Polícia Militar liberou a pista.
O supervisor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) em Uberlândia, José Maria Cunha, informou que o projeto de construção do viaduto em Monte Alegre está sendo revisado em Brasília. Ele acredita que em até 90 dias seja concluída a nova licitação para a retomada das obras.
G1