O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo, divulgado hoje (30) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apresentou crescimento nulo em outubro, em comparação com setembro, na série com ajuste sazonal, sinalizando estabilidade dos investimentos no início do quarto trimestre deste ano.
O trimestre móvel encerrado em outubro teve queda de 1,4%, apontando, entretanto, alta de 21,5% no acumulado em 12 meses e de 21,3% no acumulado de 2021. Na comparação com iguais períodos de 2020, o indicador cresceu 10,6% em outubro e 15,2% no trimestre móvel.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução do indicador representa aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo, explicou a área técnica do Ipea.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos, que equivale à produção nacional destinada ao mercado interno mais importações, caiu 1% em outubro, encerrando o trimestre móvel com queda de 1,6%. Por componentes, a produção nacional de máquinas e equipamentos caiu 0,7% em outubro e a importação sofreu retração de 2,5%. No trimestre móvel, houve queda de 0,7% na produção nacional e 0,5% nas importações. No acumulado em 12 meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos apresentou aumento de 29,3%.
Os investimentos na construção civil evoluíram 0,5% em outubro, na série dessazonalizada. No mês de setembro, o setor havia recuado 1,7%, após quatro altas consecutivas, mas voltou a crescer, apontando avanço de 2,4% no trimestre móvel.
Na comparação com o mesmo período de 2020, o desempenho positivo foi generalizado, destacando o componente máquinas e equipamentos, que cresceu 11,3% frente a outubro do ano passado. A construção civil e outros ativos fixos também apresentaram crescimento de 10,6% e 8,5%, respectivamente. Segundo o Ipea, na comparação trimestral, os resultados foram similares.