Professores da rede estadual de educação começaram na última quinta-feira, 9, uma greve e a suspensão das aulas foi confirmada em encontro da categoria no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e vai inicialmente até quinta-feira, 15 de março, quando vai haver nova reunião da categoria.
A Superintendência Regional de Ensino – SRE de Ituiutaba informou na manhã desta segunda-feira, 12, que ainda não possui os dados atualizados sobre a adesão dos profissionais da educação no município para o início desta semana, assim as informações continuam sendo as previamente veiculadas em nosso portal. Os dados deverão ser atualizados durante a tarde, por volta de 15h, quando será feita atualização pelo Pontal em Foco.
Contudo, a Escola Estadual Governador Israel Pinheiro emitiu uma nota através de sua página no Facebook, onde comunicou que os servidores aderiram a greve geral, reiterando que os cursos técnicos ministrados durante a noite continuam de forma normal, bem como o EJA Alfabetização. Veja o comunicado abaixo.
A Escola Estadual Coronel Tônico Franco informou que para o matutino as aulas ocorrerão normalmente nesta segunda, terça e na sexta-feira, e nos demais turnos não há modificação nas atividades.
Na Escola Estadual Antônio Souza Martins (Polivalente) as aulas estão em ritmo quase normal, sendo que a adesão ao movimento é apenas parcial.
Segundo a direção da Escola Estadual Governador Clóvis Salgado as aulas seguem ritmo normal em todos os turno, sendo também a adesão à greve apenas parcial.
Mais informações sobre a greve na rede estadual de ensino serão atualizadas no decorrer do dia.
ENTENDA O CASO
Historicamente, os professores mineiros lutam por uma valorização que leve em consideração o valor do piso nacional estipulado para a categoria. Em 2015, depois de anos em embates com os governos anteriores, inclusive com uma greve de 112 dias em 2011, a categoria celebrou acordo com o governo Fernando Pimentel (PT). Naquela ocasião, segundo a Secretaria de Estado de Educação, a remuneração inicial da carreira para uma jornada de 24 horas era de R$ 1.455, contra um piso nacional de R$ 1.917. Atualmente, o salário inicial é de R$ 2.135, enquanto o piso aplicado no país é de R$ 2.455. O problema é que o acordo firmado em 2015 previa atualizações em 2016, 2017 e 2018 para que, este ano, os valores fossem equiparados, o que de fato não vai acontecer. O descumprimento pelo governo, que alega falta de recursos, motivou a greve da categoria.