Uma equipe da Secretaria de Saúde trabalhou na quinta-feira, dia 31, pela manhã, no centro da cidade, em uma ação do Janeiro Roxo, visando levar informações às pessoas sobre a hanseníase e detectar pessoas com manchas que podem ser essa doença.
Segundo o coordenador de PSFs do município, Celismar Vieira, aquela era uma ação voltada para conversar com as pessoas, detectar possíveis casos de hanseníase, levando muitas informações para o povo.
“Esse trabalho da Secretaria Municipal de Saúde é muito importante, contando sempre com a participação de pessoal dos PSFs, pois quanto mais cedo as doenças forem detectadas maiores são as possibilidades de cura. A saúde preventiva é bem mais barata que a saúde curativa”, disse Celismar.
O prefeito Cleidimar Zanotto fez questão de acompanhar a ação, onde teve a oportunidade de cumprimentar a equipe e conversar com o povo.
“É sempre bom estar acompanhando os trabalhos desenvolvidos em favor do povo”, disse o prefeito.
Conheça mais sobre a hanseníase
Considerada a enfermidade mais antiga da humanidade, a hanseníase tem cura, mas ainda hoje representa um problema de saúde pública no Brasil. Doença tropical negligenciada, infectocontagiosa de evolução crônica, se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. É transmitida por um bacilo por meio do contato próximo e prolongado entre as pessoas. Seu diagnóstico, tratamento e cura dependem de exames clínicos minuciosos e, principalmente, da capacitação do médico. No entanto, fica o alerta: quando descoberta e tratada tardiamente, a hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas. No Brasil, o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes podem se tratar em casa, com supervisão periódica nas unidades básicas de saúde.
Anualmente, em janeiro, são promovidas ações de conscientização sobre a hanseníase para marcar o Dia Nacional de Combate e Prevenção, lembrado no último domingo do mês. Conhecido como Janeiro Roxo, a iniciativa é apoiada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), por intermédio do Departamento de Hanseníase. A iniciativa busca melhorar o controle da doença por meio da disseminação de informações especializadas e conscientização da população sobre sua gravidade, bem como a necessidade de diagnóstico e tratamento precoces, contribuindo para a redução do preconceito acerca da doença.
Os sinais da hanseníase são manchas claras, róseas ou avermelhadas no corpo, geralmente com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio ou ao tato. Também podem ocorrer caroços na pele, dormências, diminuição de força e inchaços nas mãos e nos pés, formigamentos ou sensação de choque nos braços e nas pernas, entupimento nasal e problemas nos olhos. “O atendimento é feito por equipes multiprofissionais e o dermatologista tem um importante papel no diagnóstico e tratamento. É responsável pela avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, avaliação e monitoramento da função dos nervos periféricos. É um médico que está apto a fazer uma biópsia ou pedir exames laboratoriais, caso evidencie alguma lesão suspeita no paciente”, explica a médica dermatologista Sandra Durães, coordenadora da Campanha Nacional de Hanseníase da SBD.