CAPINÓPOLIS, TRIÂNGULO MINEIRO – O empresário João Lyra entrou com um agravo na justiça na última terça feira (3) e evitou que o processo de venda das unidades do grupo JL prosseguisse.
No dia 19 de Fevereiro deste ano, o juiz Mauro Baldini, da comarca de Coruripe (AL) intimou os envolvidos no processo de falência, estabelecendo um prazo de dez dias para que alguma das partes, credores ou falido, se manifestasse sobre o processo. A manifestação ocorreu por parte do sócio de João Lyra, sr. Antônio Lyra, que alegava que a avaliação feita onde se apurou o valor do grupo o prejudicam, mas a manifestação foi recusada por não ter apresentado documentação que sustentasse a argumentação, mas isso não impediu o usineiro João Lyra de entrar com agravo para que o processo seja retirado do poder do juiz Mauro Baldini.
João Lyra, inconformado com o fato de o juiz Mauro Baldini não haver aceito seu pedido de reavaliação dos bens e após a decisão de magistrado de também negar o pedido feito pelo Banco do Nordeste para uma nova avaliação e com prazo de 90 dias, JL decidiu colocar em xeque a atuação do juiz. Nos autos do processo que tem o número 0000707-30.2008.8.02.0042/61, o ex-deputado federal acusa o magistrado de haver feito “infelizes colocações” com o objetivo de “denegrir e enfraquecer a imagem da Empresa Falida”.
Agravo, em direito processual, é o recurso que se pode interpor contra uma decisão tomada dita interlocutória, isto é, uma decisão que não põe fim ao processo.
O jornal Tudo em dia entrevistou o vereador capinopolense Cleidimar Zanotto ao vivo na manhã desta sexta-feira na Interativa AM 810 sobre o caso. O vereador tem acompanhado de perto o processo de falência e alegou que o agravo pode não ser aceito e que é notória a estratégia do usineiro João Lyra em ganhar mais tempo.
O jornalista Paulo Braga questionou o vereador Cleidimar se não seria uma estratégia “suicida” algum representante do grupo entrar com uma ação contestando a avaliação que foi efetuada anteriormente, já que no momento há uma grande oferta de usinas em estado de falência – O vereador foi categórico “Sim, é uma estratégia arriscada, já que muitas empresas entraram em processo de falência e estão à venda, aumentando a oferta e diminuindo o valor de mercado”.
De acordo com o Cleidimar, várias empresas estão interessadas na aquisição da usina Vale do Paranaíba e também existe proposta para que as usinas Triálcool e Vale do Paranaíba, sejam adquiridas juntas.
Muita especulação ronda o assunto, mas a informação concreta é a de que o processo de venda ainda não foi concluído e nenhuma empresa adquiriu as usinas sucroalcooleiras.
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