O empresário Joesley Batista, dono da JBS, afirmou em uma gravação, entregue a Procurador-Geral da República (PGR), que contratava homens e mulheres para se relacionarem sexualmente com servidores envolvidos nas negociações dos acordos de delação premiada. Em um trecho, Joesley diz que mandou seu advogado, Francisco de Assis e Silva, se relacionar com uma servidora do Ministério Público Federal (MPF).
A intenção do empresário era acelerar o fechamento do acordo de colaboração com o Ministério Público. “Eu já falei para o Francisco, você tem até domingo que vem para c… a (nome da servidora). Se não, eu vou c… Francisco, é trabalho, viu! Vou te dar até domingo que vem. Se não, eu vou fazer o serviço. Não é fetiche, não, velho, Um de nós tem que botar ela na cama ”
Além de dar ordens antiprofissionais ao defensor, ele conta ainda que contratou um homem e uma mulher para fazer este tipo de ato quando necessário. “Eu já arrumei um v… pra d… para quem a gente precisar. Sério, já tenho contratado um. É o seguinte, ou vai no amor, ou vai na… É serviço, cara”, afirma Joesley Batista. Ao remeter as gravações para análise do ministro Edson Fachin, o procurador Rodrigo Janot afirmou que o conteúdo se “referia a vida pessoal e privada de pessoas que não são relevantes para a investigação”.