Araguari, Minas Gerais. Na última sexta-feira (22), Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, apontada como suposto romance do humorista Whindersson Nunes, cometeu suicídio. A família confirmou a notícia pelas redes sociais, após as conversas vazadas pela página Choquei.
O comediante Whindersson Nunes negou conhecer Jéssica, chamando as mensagens de falsas. A Choquei, com 22 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões no antigo Twitter, é de propriedade de Raphael Sousa.
Após a exposição, Jéssica sofreu ataques e pediu o fim das hostilidades, questionando as motivações por trás dos ataques. Amigos também lamentaram a situação, condenando a maldade humana. Após a morte de Jéssica, os prints foram removidos das redes sociais.
Whindersson Nunes, em nota, lamentou profundamente a morte, expressando perplexidade diante do ocorrido. A assessoria repudiou o linchamento virtual e o uso nocivo das redes sociais, prestando solidariedade à família de Jéssica.
O humorista deixou uma mensagem de pêsames para a mãe da jovem de 22 anos e pediu a criação de uma lei para impedir que novos casos como o ocorrido voltem a ocorrer.
O caso
O comediante começou seu discurso relatando que foi abordado por um homem que afirmava ter recebido capturas de tela de uma troca de mensagens entre o comediante e uma jovem.
Uma página de fofocas entrou em contato, oferecendo enviar os prints, mas afirmou que não os publicaria, pois duvidava que fosse realmente o comediante nas conversas.
O comediante concordou em receber os prints e questionou sobre a identidade da pessoa, sendo informado que era alguém chamado Jéssica, embora ele não conhecesse nenhuma pessoa com esse nome. Isso o levou a concluir que não era ele nas mensagens.
PL das fake news
O Senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) propôs um projeto de lei, com relatoria do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que visa criar a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O projeto busca regular plataformas digitais, como Google, Meta (Instagram e Facebook), Twitter, TikTok, e serviços de mensagens instantâneas, como WhatsApp e Telegram.
O principal objetivo do projeto é impor responsabilidades às grandes empresas, tornando obrigatória a moderação de conteúdos na internet. Isso inclui a identificação, exclusão ou sinalização de contas ou publicações com conteúdos considerados criminosos, abordando temas como estímulos ao suicídio e violência contra a mulher, sem deixar de abranger fake news políticas. No entanto, a aprovação do PL enfrenta resistência de alguns partidos.