O jovem de 16 anos que confessou ter ateado fogo no Instituto Estadual de Educação de Minas Gerais (IEMG), na Região Central de Belo Horizonte, nessa quarta-feira (22/3), prestou depoimento no Juizado da Infância e da Juventude, na tarde desta quinta-feira (23/3). O menino afirmou que estava fumando um cigarro na sala do arquivo, centro do incêndio, quando teria descartado a guimba em um local cheio de plástico.
O adolescente não teria aguentado a pressão diante da repercussão do caso, acionado a polícia e confessado o crime. Apesar do incêndio, o jovem afirmou à polícia que não teve nenhuma intenção ou vontade de causar a situação, e que eles (o garoto e um colega) não repararam se o fogo começou na sala. Apenas dez minutos depois de retornarem para a aula é que notaram a fumaça.
"Chegando lá [na casa do jovem], nós conversamos, e ele esclareceu que o fato teria ocorrido da seguinte forma: ele e um outro menor, de 13 anos, teriam entrado em uma sala de aula com mesas e cadeiras cobertas por um plástico e feito o uso de um cigarro. Quando terminaram, a guimba teria sido jogada no plástico, que caiu sobre as mesas e carteiras. Depois o jovem disse que pegou um isqueiro e passou esse isqueiro pelo plástico", explicou.
Ainda segundo o tenente, a mãe do adolescente está muito abalada e surpresa, mas acompanhou a ocorrência e não compactua com a atitude do filho; inclusive foi ela quem o orientou a ligar para a polícia.
O processo do caso foi distribuído para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional de Belo Horizonte (Cia-BH). O menino também foi ouvido pelo Ministério Público de Minas Gerais e Defensoria Pública de Minas Gerais, em audiência preliminar.
A reportagem procurou a Polícia Civil, que informou que aguarda a conclusão dos laudos periciais, que vão apontar a causa e circunstância do incêndio.