A decisão se o cunhado de Ana Hickmann, Gustavo Bello Correa, vai ou não a júri popular deve sair no próximo ano, em 2018. A audiência de instrução terminou nesta segunda-feira (18), mas agora há um tempo processual para que defesa e acusação façam as últimas considerações.
No fim da audiência, Gustavo disse que “faria tudo novamente porque estava lutando por sua vida e de sua família”.
Sem Ana Hickmann
Segundo ele a cunhada não veio a pedido da juíza, para evitar tumultos. Ele contou ainda que está confiante e, que mesmo que vá a júri popular, acredita que será absolvido.
Ministério Público
O promotor Francisco Santiago voltou a afirmar que não acredita em legítima defesa e espera que Gustavo vá a júri popular.
Além do réu, uma perita particular foi ouvida. Na análise dela, os disparos foram dados durante uma luta corporal. Em caso de condenação, a pena de Gustavo pode variar entre 6 e 20 anos de prisão, segundo reforçou Francisco Santiago.
Família de suspeito
A família do suspeito de tentar atirar em Ana Hickmann tem pensamento parecido com o do promotor Francisco Santiago. Eles querem que Gustavo Bello tenha um júri popular e justifica. “Era uma arma só, porque ele deu três tiros na nuca do meu irmão?”, disse Helisson Augusto de Pádua, de 41 anos, irmão de Rodrigo. Para Helisson, o irmão não iria matar a apresentadora e que poderia estar vivo.
Relembre
Gustavo Bello foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por homicídio doloso pela morte de Rodrigo fã que tentou matar a apresentadora em maio de 2016, em um hotel no Belvedere, região Centro-Sul da capital.
Confira o depoimento do irmão de Rodrigo de Pádua
Eu poderia esperar de qualquer pessoa uma tragédia dessa, menos dele. Porque não existia alguém mais amoroso e tranquilo igual meu irmão. Nunca levou nem discussão de Colégio para dentro de casa. Nenhum indício de violência. Ele era amoroso demais com minha mãe, sempre foi muito de família. Ele fazia companhia para meus pais em Juiz de Fora. Não tinha vício. Tinha uma disciplina de acordar 5 da manhã, dormia às 21h. Era um rapaz que nem no meu maior pesadelo poderia imaginar. Ele estava se dedicando aos estudos, ele ia fazer Medicina. Era o sonho dele. Ele estava montando uma microempresa também.
Eu vi meu irmão morto, na minha frente. Uns três ou quatro dias antes de ele vir pra Belo Horizonte, eu fiquei sabendo que ele era fã dela. Para mim era uma coisa normal até então. Ele veio o BH sem me avisar. (Helisdon morava na capital na época). Ele disse que não queria me atrapalhar, porque eu estava trabalhando. Ele falou que alugou um hotel no Belvedere. Ele disse que veio para dar uma olhada, ele estava querendo ir para São Paulo, mas a mãe aconselhou que ele viesse para Belo Horizonte primeiro. Ele disse que ia descansar e ficamos de se encontrar no outro dia, no dia da morte de Rodrigo.
Eu vi que Ana estaria na capital pelo jornal e imagino que o meu irmão queria um autógrafo. Por volta de 16h30, recebi uma ligação de outro irmão contando do atentado. Eu entrei em choque. Liguei para ele e nada. E fui tirar a duvida é me deparei com meu irmão morto.
Meu irmão falou claramente no áudio (do cabeleireiro) que não iria matar ninguém. Que não era assassino, que queria conversar. Todos os depoimentos foram contraditórios. O que aconteceu de fato é que meu irmão estava todo machucado e ele levou três tiros na nuca. Esperamos que a Justiça seja feita e que tudo seja esclarecido.