Lamentando profundamente a matéria veiculada pelo programa “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão, no último domingo, e revoltado com a edição maldosa de fatos que envolvem meu nome, sinto-me no dever de dirigir-me aos mineiros para repor a verdade.
2) Tenho primado pela transparência em toda minha trajetória política. O maior exemplo disso é o fato – do qual muito me orgulho – de ter sido escolhido pelo saudoso vice-presidente José Alencar, um dos maiores homens públicos de nossa história, para ser o seu suplente na disputa do Senado Federal, onde o sucedi e dei continuidade ao seu mandato e ao trabalho em favor de Minas Gerais e dos mineiros. A confiança de José Alencar e a seriedade com que exerci o mandato de Senador são fatos que me orgulham sobremaneira;
3) É revoltante constatar que frases ditas em reunião política realizada com companheiros da cidade de Capetinga, em recinto fechado, no calor da campanha eleitoral de 2012, tenham sido flagrantemente descontextualizadas em uma edição tendenciosa que desvirtuou a realidade dos fatos verdadeiramente ocorridos;
4) É também tortuosa a afirmação de uma suposta disseminação de “boatos”. Acredito que seja dever de todo homem público e agente do processo político numa democracia apontar erros e propor soluções. É direito da população saber as qualidades e defeitos dos candidatos. A criminalização da atividade política, empreendida com indisfarçável fúria por parte da mídia, é um desserviço à democracia e uma vertente para o fascismo;
5) Reafirmo o que disse e que não constitui qualquer irregularidade: distribuo entre os Municípios onde obtive votação, obedecendo estrito critério de proporcionalidade, os recursos advindos das emendas parlamentares ao Orçamento da União. Eu e rigorosamente TODOS os outros deputados e senadores da República. A edição repulsiva do “Fantástico” quis transformar em crime o exercício de uma faculdade legal, que a cada ano se traduz em leitos hospitalares, salas de aula, quilômetros de estradas, pontes e obras de saneamento básico;
6) Recordo, por oportuna, as palavras do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral e um dos maiores especialistas em Direito Eleitoral do Brasil, o Professor Arnaldo Versiani, que, lá mesmo, no “Fantástico”, foi claro a respeito de minha atuação: “não houve crime”;
7) Finalizando, deploro que a Rede Globo não tenha exibido aos milhões de telespectadores que assistiram a montagem da qual fui alvo, o que de mais importante relatei à sua repórter na entrevista que lhe concedi: há meses fui procurado para “COMPRAR” o DVD com as imagens agora reveladas. Repeli a negociata não aceitando o jogo sujo dos chantagistas. Não me arrependo, o faria novamente. Por qual razão a Rede Globo omitiu de seus telespectadores tão importante informação?
8) Dias antes, meus adversários políticos e notas publicadas em colunas de jornais de Uberaba já anunciavam abertamente a realização dessa verdadeira “operação política” de assassinato de reputação, que agora se cobre de descrédito ao ser desmoralizada pela verdade dos fatos;
9) Reafirmo meus compromissos para com Minas Gerais e seu povo, com os ideais de Justiça social e democracia que defendo. Agradeço, comovido e revigorado, as milhares de manifestações de solidariedade que venho recebendo de companheiros de todo o Estado e reafirmo: não me abaterei diante da calúnia e da mentira.
AELTON FREITAS
Deputado Federal