Um juiz federal norte-americano ordenou que o ator Leonardo DiCaprio deponha em um processo apresentado pelo ex-executivo da corretora Stratton Oakmont, Andrew Greene.
Greene alega que a maneira como foi representado no filme “O Lobo de Wall Street” (2013), de Martin Scorcese, é irreal e que “prejudicou a sua reputação”.
O juiz Steven Locke, de Nova York, afirmou na quinta-feira (16) que DiCaprio deve ficar disponível para responder algumas perguntas.
Andrew Greene entrou em 2014 com a ação de danos morais em que pede mais de US$ 50 milhões. Segundo ele, o personagem Nicky Koskoff, representado por P. J. Byrne —e que tem desvios éticos e morais— o difamou.
A Paramount afirmou que Koskoff foi um “personagem composto” e inspirado em vários indivíduos, entre eles Greene.
DiCaprio, de 41 anos, fez o papel de Jordan Belfort, um trapaceiro que fundou a Stratton Oakmont, e cujo livro de memórias de 2007 serviu como base do filme. Greene é um amigo de infância de Belfort.
Ao se oporem ao questionamento, os advogados disseram que DiCaprio não escreveu o roteiro do longa, e que não havia nenhuma alegação de que ele teve qualquer influência na decisão de incluir o conteúdo supostamente difamatório no filme.
Os advogados de Greene afirmaram que eles já haviam questionado Scorcese e o roteirista Terence Winter, e que ambos testemunharam que eles se encontravam regularmente com o ator para discutir o roteiro.