Apenas uma empresa mostrou interesse em realizar a auditoria nas contas das empresas de transporte público da capital. Como foi a única candidata, a Maciel Consultores teve a habilitação aprovada após a abertura dos envelopes do processo de licitação na tarde desta segunda-feira (19), pela Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans).
Agora, a proposta técnica da companhia será avaliada. Depois dessa etapa, o resultado será publicado e, posteriormente, acontecerá a sessão para a abertura da proposta comercial. O processo é conduzido pela Diretoria Central de Compras da Subsecretaria de Administração e Logística, da Secretaria Municipal de Fazenda.
Caso seja aprovada no processo, a empresa fará a auditoria contábil e financeira das quatro concessionárias do serviço de transporte da capital, assim como da Transfácil – responsável pelo sistema de bilhetagem – entre 2013 e 2016.
A contratada deve, entre outras obrigações, avaliar a taxa de retorno do serviço, a partir dos custos, receitas e investimentos de cada empresa, mês a mês, e demonstrar o impacto disso na tarifa.
Além disso, a empresa deve avaliar as atuais formas de controle utilizadas pela BHTrans, com o objetivo de apontar possíveis deficiências e propor melhorias na fiscalização dos serviços e das obrigações contratuais. Conforme o edital, todos os trabalhos serão supervisionados pela prefeitura.
Além de auditoria, vereadores tentam emplacar CPI
Na reunião plenária desta segunda, os vereadores defenderam a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as tarifas de ônibus cobradas em BH e o lucro das empresas concessionárias.
Para que a comissão seja criada, o requerimento precisa ser assinado por 14 vereadores. Até o momento, 12 parlamentares já assinaram o documento. São eles: Gabriel Azevedo, Arnaldo Godoy, Áurea Carolina, Carlos Henrique, Cida Falabella, Doorgal Andrada, Fernando Borja, Gilson Reis, Mateus Simões, Pedro Patrus, Claudio Duarte e Wendel Mesquita.