Társila Almeida, de 21 anos, sofreu injúrias raciais profanadas por uma cliente enquanto trabalhava como garçonete durante o último domingo (9), no Bar do Mané, na Praia do Flamengo – Zona Sul do Rio de Janeiro.
A trabalhadora, que está grávida, relatou ser chamada de “macaca suja”, teve sua cor comparada ao saco de lixo e registrou o caso na 9ª Delegacia de Polícia (Catete). Segundo Társila, as ofensas foram proferidas por uma estudante, identificada como Lívia Coelho, por volta de 12h, após ingerir bebidas alcoólicas. A polícia deferiu o caso como injúria por preconceito e a autora foi presa em flagrante.
A funcionária contou também que tentou evitar confrontação com a mulher. Mas, eventualmente, a cliente começou a atacá-la fisicamente, puxando suas tranças.
“Ela chegou a arrancar parte do meu cabelo da raiz. Foi quando alguns amigos meus vieram ajudar e chamaram a polícia. Nunca passei por nada semelhante a isso, me senti humilhada. Me senti humilhada no meu local de trabalho, na minha zona de conforto. Infelizmente, a minha ficha ainda não caiu totalmente. Fui trabalhar disposta, num domingo de Páscoa, e passei por isso tudo” – contou Társila ao EXTRA .
De acordo com a polícia militar, Lívia Coelho apresentava embriaguez no momento da abordagem e ela também responde por desacato a autoridades e lesão corporal a dois policiais militares em 2022.
Após o ocorrido, o Bar do Mané fez uma publicação no seu instagram repudiando as ações da cliente e reforçando que o estabelecimento “ é um boteco democrático, local livre de preconceito e feito para todos“.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Diogo Finelli