Segundo o jornal Diário de Uberlândia, agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) fizeram uma ação de bloqueio contra a febre amarela no último sábado (28), na região do bairro Lídice, depois que um macaco foi encontrado morto nas imediações.
A notícia se espalhou nas imediações e deixou moradores assustados. “O funcionário nos disse que a suspeita é que o macaco morreu de febre amarela”, disse o gráfico Marco Túlio Oliveira à reportagem do Diário. Ele conta que é a primeira vez que tem notícias de macaco morto no bairro e que o primata pode ter vindo do parque linear do bairro Lagoinha. Marco Túlio disse ainda que ele e a esposa já tomaram a vacina contra a febre amarela, e que tem orientado os vizinhos a fazerem o mesmo.
O animal morto foi recolhido e levado para análise laboratorial, em Belo Horizonte. Os resultados levam aproximadamente 30 dias.
Este é o primeiro caso de primata encontrado morto este ano no perímetro urbano de Uberlândia. Até o momento não há nenhum caso confirmado da doença no município.
O macaco não transmite a febre amarela. Assim como os humanos, os primatas também são vítimas do mosquito. A morte de macacos é o primeiro sinal de que o vírus está em circulação na região.
Na semana passada, o primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) apontou o índice de 6,7% de infestação, o que coloca Uberlândia em situação de risco de surto de dengue. O mosquito é o mesmo que transmite a febre amarela, zika vírus e chikungunya.
Ontem, a reportagem tentou falar com os coordenadores dos programas de imunização e de controle de dengue, mas ambos estavam em reunião e não foram localizados. A Secretaria de Comunicação informou que esta semana novas ações serão anunciadas de combate aos focos do mosquito na zona urbana e rural. Ontem, também, teve início o mutirão de limpeza na região do bairro Morumbi. A ação se estende durante toda a semana. Em seguida, será a vez dos bairros do Complexo Integração.