Passava das 22h quando Luiz Henrique Romão, o Macarrão, deixou o Presídio Pio Canedo, em Pará de Minas, na região Centro-Oeste do Estado, na noite desta sexta-feira (2). O homem, condenado a 15 anos de prisão pela morte da modelo Eliza Samudio e pelo sequestro do filho dela, conseguiu um alvará de soltura e saiu do regime semiaberto.
Usando blusa amarela, calça tactel e chinelos, ele abraçou primeiramente a advogada.
Luiz Henrique, que prefere não ser chamado mais pelo apelido, conversou rapidamente com a imprensa.
“Só Deus sabe como é difícil passar tantos anos ali dentro. Nunca neguei os delitos que cometi. Nunca me fiz de santinho, coitadinho mas acho que todo ser humano merece uma segunda chance. Infelizmente não tenho como voltar atrás. Se eu pudesse eu voltaria”, afirmou.
Macarrão ficou preso há sete anos, sendo que veio para Pará de Minas em junho de 2016, quando passou para o regime semiaberto.
Desde que chegou à cidade, ele trabalha na limpeza de uma igreja evangélica.
Na porta do presídio apenas veículos de imprensa e a advogada de defesa, Fabiana Cecília Alves, esperavam por Macarrão. “Luiz estava muito ansioso para sair. A família está aguardando em casa. Consideramos uma vitória esse alvará de soltura”, afirmou.
Apesar de ter ganhado a liberdade, ele vai precisar cumprir algumas regras fora do sistema prisional, como voltar para casa antes da 19h, não sair da residência antes das 6h, ficar em casa fins de semana,feriados e dias que não estiver trabalhando, não portar arma, beber frequentar bares, não mudar de residência sem avisar à Justiça e comparecer no fórum uma vez por mês.
Impedimento
Macarrão conseguiu o alvará nessa quinta-feira (1º), mas devido a um impedimento na Justiça do Rio de Janeiro não conseguiu deixar a prisão. Lá constava um mandado de prisão em aberto de uma pena que Macarrão já estava cumprindo.
“Entramos com o pedido de baixa do mandado na Justiça de Minas, mas foi o juiz de Jacarepaguá que acatou o pedido. Em seguida mandou para Pará de Minas e foi expedido novo mandado de soltura”, explicou a defesa.