A mãe da menina de 1 ano e 2 meses que chegou morta à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Nações Unidas, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, confessou à Polícia Civil que asfixiou a menina com um travesseiro, durante uma briga dela com o marido, que havia anunciado a separação.
Na primeira versão de Serena Silva de Oliveira, de 19, a menina teria caído da cama e batido com a cabeça na parede, por volta das 7h de segunda-feira. Os médicos da UPA ficaram desconfiados de Serena e do marido, André de Brito, de 38, e acionaram a Polícia Militar (PM). O casal foi autuado no plantão da Polícia Civil de Sabará e autuado em flagrante por homicídio.
A Polícia Civil informou que mais detalhes do crime serão passados em uma coletiva à imprensa prevista para as 10 horas desta sexta-feira, em Sabará. A corporação não informou como fica a situação do pai agora, uma vez que ele, assim como Serena, está recolhido no sistema prisional desde a noite de segunda-feira. A Polícia Civil não informou se ele teve participação na morte da criança.
Ao ser levada para a UPA, Maria Eduarda não apresentava sinais aparentes de violência, mas os médicos desconfiaram que ela tivesse sido agredida após um comentário de André. Ele disse que ouviu um barulho “parecido com o de uma cabeça batendo contra a parede” na hora em que saía para trabalhar, em meio a uma discussão com a mãe da menina, Serena.
A equipe de saúde da UPA chamou a PM. A residência do casal, no bairro Ravenópolis, em Ravena, distrito de Sabará, foi periciada pela Polícia Civil em busca de possíveis indícios de homicídio, mas o resultado não foi divulgado.
Ao prestar depoimento na delegacia, Serena deu outra versão para a história. Segundo ela, o marido havia anunciado a vontade de se separar dela, o que motivou uma briga. Durante a discussão, o pai pegou a criança no colo para se despedir e depois pôs de volta na cama, ao lado da mãe.
A menina, de acordo com Serena, se sentou, com as mãos apoiadas na barriga dela. Como pai saiu do quarto em seguida, a mãe disse que se levantou rapidamente e foi atrás dele, momento em que ouviu um barulho que poderia ser da criança batendo a cabeça na parede.
O laudo de necropsia, que vai confirmar que a criança foi realmente morreu asfixiada, ficará pronto em até 30 dias.