Uma mulher procurou a delegacia de Polícia Civil de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, nessa segunda-feira (22/5), alegando que seu filho foi vítima de um erro na Policlínica da cidade. De acordo com a mãe, a criança faz tratamento para convulsão, mas não recebeu os remédios prescritos na receita. Foram entregues a ele medicamentos sedativos.
A mãe relata em um vídeo gravado na porta da Delegacia da Polícia Civil que registrou um Boletim de Ocorrência e afirma que quase perdeu o filho. Ela completa dizendo que é a “segunda vez que dão o remédio errado”.
A Secretaria Municipal de Saúde, em resposta, relata que recebeu o contato por parte da mãe e confirma que houve o erro de dispensação de medicamentos para tratamento de convulsão, que no lugar da medicação prescrita na receita foi ofertado um medicamento de sedativo.
O secretário de Saúde de Ouro Preto, Leandro Moreira, destaca que a falha no processo dentro da unidade de saúde não foi de prescrição ou de administração do medicamento.
“Destaco isso porque se fosse de prescrição e administração seria feito por um dos nossos profissionais dentro das unidades de saúde. O fato ocorrido é que a receita de um medicamento contínuo foi apresentada em nossa farmácia e foi dispensado o medicamento sedativo no lugar do medicamento para o tratamento de convulsão na criança”.
O secretário afirma que assim que o órgão público recebeu a notificação por parte da mãe, foi acionada a Comissão de Fiscalização do Conselho Municipal de Saúde, responsável por apurar todas as demandas que os usuários passam em relação à assistência de saúde.
“Essa comissão vai ouvir a mãe e os profissionais envolvidos para apurar onde foi o processo de falha, para que, assim, a Secretaria de Saúde possa tomar medidas necessárias, como capacitação novamente da equipe e orientações devidas”.
Moreira também destaca a importância da dupla conferência dos medicamentos de uso contínuo entregues à população nas unidades de saúde por serem administrados em casa pelos responsáveis, e dessa forma evitar futuras complicações.
“Não chegou até nós da Secretaria se a medicação foi realmente administrada na criança pela mãe, também não sabemos informar se houve algum encaminhamento da criança para o serviço de urgência. A orientação que fizemos é que se caso foi administrado o medicamento é importante que a mãe procure o serviço de saúde do município para uma avaliação médica”.