A Polícia Civil de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, apresentou na manhã de hoje (26), os detalhes sobre a morte da pequena Maria Eduarda, de um ano, na última segunda-feira (23). A criança morreu asfixiada pela mãe, Serena Silva de Oliveira, de 19.
De acordo com a delegada do caso, Alessandra Alvares, o depoimento da avó materna, Maria Aparecida Braga, foi fundamental para o desfecho do caso. “Em seu relato, a avó disse que acordou assustada com a filha pedindo socorro e já gritou: Serena, você matou minha neta!. A partir desse relato começamos a perguntar o porque dessa reação”, explicou.
Em seu depoimento para a Polícia Civil, Serena reafirmou a sua primeira versão, em que diz que após uma briga com o marido, André de Brito, de 38, a menina teria caído e batido a cabeça na parede. “Ela começou pela primeira versão, mas disse que teria um fato novo que ninguém sabia. Segundo ela, durante a discussão, o marido teria saído do quarto. Com isso ela levantou abruptamente e a criança começou a chorar. Mesmo assim, ela seguiu atrás do marido”, disse a delegada.
Serena teria seguido o marido na rua, deixando a criança em casa chorando, no chão. Ao retornar, cerca de 30 minutos depois, segundo a Polícia Civil, ela se deparou com um choro muito forte de Maria Eduarda. “Nesse momento, ela pega um travesseiro, sufoca a criança até ela parar de chorar e amolecer”, afirmou a delegada Alessandra Alvares.
Serena está presa e vai responder por homicídio por motivo fútil. Já o pai, André de Brito, segundo a Polícia Civil responderá por omissão, com a mesma previsão de pena para o crime de homicídio. Os dois foram encaminhados para o presídio de Ribeirão das Neves.
Relembre
Na última segunda-feira (23), por volta das 8h30, a Polícia Militar (PM) foi acionada pelos médicos de plantão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Nações Unidas, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte. A suspeita era de que a menina Maria Eduarda, de um ano, que já chegou morta na Unidade, tivesse sido agredida pelos pais.
A mãe, Serena Silva de Oliveira, de 19, e o pai André de Brito, de 38, foram levados para a 282 Cia da PM onde foi registrado o boletim de ocorrência. Na unidade os dois se acusaram mutuamente de terem agredido a criança. Apesar de não ter sido identificado nenhum sinal aparente de agressão no corpo do bêbê pelos médicos da UPA.
Na versão registrada no Boletim de Ocorrência, a mãe disse que o casal havia tido uma discussão por volta das 7h, em que o marido teria anunciado a vontade de se separar dela. Durante a discussão, o pai pegou a criança no colo para se despedir e a pôs de volta na cama ao lado da mãe.
Depois disso, de acordo com a mãe, a menina se sentou, com as mãos apoiadas na barriga dela. Como o pai saiu do quarto em seguida, a mãe disse que se levantou rapidamente atrás dele, momento em que ouviu um barulho que poderia ser da criança batendo com a cabeça na parede e caindo no chão.
Ainda na segunda-feira, os dois foram presos em flagrante pela morte do bêbê. Após a prisão, Serena admitiu ter asfixiado a criança