O ensaio fotográfico de uma gestante que ficou completamente paralisada por causa de uma doença inflamatória durante a gravidez viralizou e comoveu os internautas depois da publicação de uma imagem dela chorando ao ver a filha pela primeira vez. Mesmo sem conseguir se mexer ou falar, Érika Cléia Soares, de 25 anos, esboçou, em lágrimas, o sentimento de ter em seu colo a pequena Maria Cecília, que estava com 16 dias.
O registro do momento foi feito pela fotógrafa Paula Beltrão que foi chamada pela equipe do hospital para contar, por meio de imagens, a história de Érika e sua família. “Na hora que ela viu a bebezinha em cima do colo dela, o coração dela disparou e a respiração ficou mais ofegante. Quando a gente tirou a bebezinha do colo dela, ela tentou falar e chorou”, conta a fotógrafa.
Durante a gravidez, a gestante foi acometida por uma doença inflamatória chamada “Adem” que afeta o sistema nervoso central e fez com que ela perdesse os movimentos e não conseguisse mais falar. “Ela foi internada em abril sentindo dores de cabeça e dormência. No dia seguinte, a situação dela já piorou, ela precisou ser entubada e levada ao CTI, o quadro foi se agravando e ela não teve condições nem de carregar nossa filha no colo”, conta Weverton Pereira da Silva, de 29 anos, marido de Érika.
Segundo ele, a mulher precisou fazer uma cesária de emergência com 35 semanas de gestação. A bebê nasceu saudável, mas a mãe precisou permanecer no hospital. O casal tem ainda um outro filho de 6 anos de idade que faz visitas periódicas à mãe e conversa com ela.
Aliás, Érika recebe muito amor e carinho da família. O marido, que trabalhava em dois empregos, deixou um dos trabalhos para cuidar da mulher e, atualmente, trabalha somente como porteiro a noite. Ele e a sogra revezam nos cuidados com Érika e com as crianças.
“Eu converso muito com ela, falo que enquanto eu tiver saúde eu vou cuidar dela com todas as minhas forças. Digo a ela que é só uma fase e que vai passar, que tudo vai dar certo e que se Deus quiser ainda vamos ter nosso carro e nossa casa que é o nosso sonho. Temos que passar por cima dessa barreira”, diz o porteiro.
Ao conhecer a história da família, a fotógrafa se voluntariou a fazer o ensaio, mas ela também foi além, vendo a dificuldade financeira da família, Paula criou uma vaquinha para ajudá-los. A mãe de Érika teve que deixar o emprego para cuidar da filha e dos netos e como o marido dela ficou em um emprego só, a renda caiu bastante.
Atualmente a família mora na casa da mãe de Érika que é em um conjunto habitacional e não consegue comportar a situação atual da mulher. “Ela vai precisar de mais espaço e aqui tem escadas, não tem como a gente trazer ela para casa agora. Nós vamos precisar adquirir um imóvel novo para levá-la para casa. Além disso, os gastos com ela vão ser muito altos e eu e minha sogra tivemos que sair dos empregos e a Érika, que também trabalhava, não está recebendo o auxílio doença ainda por causa de burocracias do INSS”, conta o marido.
Quem quiser ajudar a família, pode contribuir com a vaquinha, CLICANDO AQUI.
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