Na praça da Estação, região Centro-Sul de Belo Horizonte, manifestantes foram homenagear a vereadora Marielle Franco (PSOL), de 38 anos. O evento começou por volta das 17h desta quinta-feira (15), com a intensificação do número de pessoas no local, em torno das 18h. Muitas pessoas dividiram o microfone e questões relativas às mulheres, negros e gays foram lembradas. Na política, foi pedida a união dos partidos de esquerda e o fim da intervenção federal no Rio de Janeiro.
A atriz Elisa Lucinda, que está na capital, saiu dos ensaios da sua peça para fazer a sua homenagem. “Todo mundo morreu um pouco ontem”, diz. Ela também ressaltou a necessidade de união. “É no coletivo que se faz a mudança”, frisa.
A atriz lembrou do preconceito que existe na sociedade brasileira. “Tem gente que não gosta que preto estude, ainda mais mulher preta”, diz. E apesar de todas as dificuldades vividas pelos brasileiros, ela ainda diz que possui “muita reserva de esperança”.
A vice-presidente do PSOL Belo Horizonte Sara Azevedo diz que a organização da manifestação aconteceu pelas redes e movimentos sociais. Ela não fez previsão de público. “No evento do Facebook, 13 mil pessoas confirmaram a presença”, conta. Para ela, o sentimento da morte de Marielle é de a de um parente próximo.
A presidente do partido na capital, Kátia Sales, conta que conhecia a vereadora, que era filiada ao partido desde 2005. “Ela era inspiração, tanto que foi a vereadora do PSOL mais votada no Rio de Janeiro. Ela trazia em pauta a representatividade da mulher negra”, observa.
A cantora Ana Roberto afirma que a união das pessoas na praça é mais do que uma manifestação, representa luta. “A gente não pode se calar”, diz.