O técnico Mano Menezes elogiou a dedicação do time reserva do Cruzeiro que empatou por 0 a 0 com o Internacional, neste domingo, no Beira-Rio, e conquistou o primeiro ponto em três jogos no Campeonato Brasileiro. Se a equipe não fez uma apresentação brilhante e por várias vezes foi ameaçada pela intensidade do adversário, na opinião do treinador houve muita entrega e comprometimento ao longo dos 90 minutos.
“Primeiramente, só tenho que elogiar a equipe em termos de comprometimento, dedicação e entrega. É muito difícil você mudar 11 jogadores que nem a gente fez hoje, vir jogar um jogo de Campeonato Brasileiro aqui no Beira-Rio contra o Internacional e somar um ponto como a gente fez”.
Todos os titulares na goleada por 7 a 0 sobre a Universidad de Chile, na última quinta-feira, no Mineirão, foram preservados em Porto Alegre. Alguns deles nem sequer ficaram no banco de reservas, como o goleiro Fábio, o lateral-direito Edilson, o lateral-esquerdo Egídio, o zagueiro Dedé e o armador Thiago Neves. O zagueiro Leo, o volante Henrique, os meias Arrascaeta e Rafinha e o atacante Sassá ocuparam as cadeiras de suplente, mas não tiveram as entradas cogitadas pela comissão técnica. Mano explicou também a decisão de escalar um time alternativo.
“Sabíamos que tínhamos de nos sacrificar muito, mas também sabíamos que a equipe que jogou na quinta-feira não teria condições de jogar o jogo aqui e suportar. Provavelmente perderíamos com a equipe considerada titular, principal, e cansaríamos muito mais os nossos jogadores pela sequência. Cansaríamos a equipe pelo acúmulo e não faríamos nem uma coisa, nem outra. Então arriscamos mais porque entendemos que era hora de arriscar. E os jogadores me deixaram contentes pelas respostas que deram. O adversário teve muita qualidade, trabalhou com muita variação pelos lados, e a gente contou com a qualidade defensiva que é costumeira das nossas equipes, contou com uma grande atuação de Rafael, que não é novidade para a gente. Por isso conseguimos segurar e levar esse ponto. Estancamos as derrotas no Brasileiro, não conseguimos vencer ainda, mas podemos sonhar com nossa recuperação na competição a partir de domingo contra o Botafogo”.
A equipe reserva foi distribuída no 4-2-3-1, com Rafael; Ezequiel, Manoel, Murilo e Marcelo Hermes; Lucas Romero e Bruno Silva; Robinho, Mancuello e David; Rafael Sobis. No decorrer do jogo, entraram o atacante Raniel, o volante Ariel Cabral e o atacante Rafael Marques. O goleiro do Inter, Danilo Fernandes, não fez uma defesa sequer. Talvez a melhor oportunidade do Cruzeiro tenha sido num contra-ataque em que Raniel recebeu passe em profundidade, mas demorou a decidir se cruzava ou chutava a gol e acabou desarmado pela marcação adversária. Mano chamou a atenção para a evidente falta de ritmo da formação alternativa, sobretudo no condicionamento físico.
“Falta de ritmo dos jogadores e a condição de manter os 90 minutos em nível de atuação. Quando você tem um, dois ou três que se desgastam, vai lá e troca os três. Mas não dá para trocar 10 de linha como era a necessidade talvez pelo desgaste físico de hoje. Se você ver, poucos jogadores não jogavam 90 minutos há bastante tempo. O adversário, numa condição melhor que a nossa em termos de ritmo e competição, teve a tendência de atacar mais na segunda parte e dificultar nossas saídas de contra-ataque. Acho até que tivemos duas ou três boas chances em lances de contra-ataque, como ocorreu nas jogadas de Raniel e Sobis. Mas tenho de ser compreensivo com os jogadores nesse detalhe, não tem jeito”.
O empate no Beira-Rio colocou o Cruzeiro na 18ª posição do Brasileiro, com um ponto. Na quarta-feira, às 21h45, as atenções estão voltadas para a Copa Libertadores. O jogo será contra o Vasco, em São Januário, pela quinta rodada do Grupo 5. Vitória no Rio de Janeiro poderá encaminhar a classificação azul para as oitavas de final.
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