O mês de março deste ano já é o mais chuvoso nos últimos 57 anos. De acordo com Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) desde 1961 o mês não registrava um volume de chuva tão alto.
Naquele ano choveu 384,6 milímetros, já neste ano, até esta sexta-feira (23) , foram registrados 389,3 milímetros.
Esse volume ainda pode aumentar, já que há previsão de chuvas até o dia 31. Vale lembrar que as medições são feitas desde 1910.
De acordo com os dados da Defesa Civil de Belo Horizonte, sobre o acumulado de chuva para março, todas as regionais já superaram a média histórica esperada para o mês, que é de 163, 5 milímetros. Em algumas regionais foi registrado um volume muito mais alto.
A regional que mais choveu foi a Oeste com 555, 4 milímetros; seguida pela Nordeste com 511, 6 milímetros e pela Centro-Sul que registrou 507,5 milímetros.
Para este fim de semana a previsão é de mais chuvas de acordo com o Instituto de Climatologia TempoClima PUC Minas em Belo Horizonte e na região metropolitana da capital. No entanto, as chuvas devem ser fracas e isoladas .
Veja o acumulado de chuva pelas regionais:
Barreiro – 402,6 (246%)
Centro Sul – 507,5 (310%)
Leste – 479,2 (293%)
Nordeste – 511,6 (313%)
Noroeste – 478,8 (293%)
Norte – 348,4 (213%)
Oeste – 555,4 (340%)
Pampulha – 353,2 (216%)
Venda Nova – 322,0 (197%)
Média histórica: 163,5 mm
Emergência
Dois dias após Belo Horizonte decretar situação de emergência devido às chuvas na capital, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) recebeu na manhã desta quinta-feira (22) o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, que além de ouvir as reivindicações do Executivo também fez visita técnica em três áreas gravemente afetadas pelos temporais na cidade.
O ministro anunciou que o pedido de decreto de emergência já foi homologado nacionalmente e que o governo federal dará prioridade à capital mineira. Entre as visitas feitas pelo ministro está a BR-356, próximo ao trevo do Belvedere, onde um afundamento de solo levantou a possibilidade de um muro de contenção desabar no local.
Em entrevista coletiva na sede da Prefeitura de Belo Horizonte, o ministro Helder Barbalho afirmou que, após homologação do decreto, que foi publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União, prefeitura tem o prazo de duas semanas para apresentar uma agenda de reconstrução, especificando as demandas necessárias. “Importante salientar que todo planejamento deve ser fruto de destruições ocasionadas pelos eventos chuvosos”, afirmou.(Com Rafaela Mansur)
Problemas
Além de arrastar carros, inunda várias ruas e casas e derrubar um imóvel, as chuvas que atingiram Belo Horizonte também deixaram rastros de destruição mais longos.
A BR- 356 no encontro com a avenida Nossa Senhora do Carmo precisou ter duas pistas fechadas por causa de erosão no solo e risco de queda de um muro de contenção.