A Polícia Militar procura por um agenciador de prostitutas que teria esfaqueado o marido de uma garota de programa, nesse domingo (4), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A tentativa de homicídio ocorreu depois que a vítima deixou de pagar a taxa de agenciamento, no valor de R$ 150 por dia, da própria mulher.
O caso ocorreu em uma residência no bairro Santa Mônica, onde a vítima, que não teve o nome divulgado, foi socorrida por um vizinho até a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Tibery com perfurações no peito.
Na unidade de saúde, consciente, o homem, 34 anos, afirmou aos policiais que a companheira seria a mandante do crime, já que tinha o ameaçado de morte outras vezes. No entanto, não disse a motivação para as ameaças. Ele passou para os militares as características da mulher, que foi encontrada do lado de fora da UAI à espera de notícias no marido.
À polícia, a jovem de 22 anos negou que mandou assassinar o companheiro, mas apontou um possível autor para a tentativa de homicídio: um homem conhecido pelo apelido de “Cascão”, que trabalha como agenciador de garotas de programa na cidade.
Taxa do sexo
Na versão da mulher, após ser obrigada a se prostituir, ela procurou o cafetão para ter clientes. O homem teria cobrado R$ 150 por dia para que pudesse arrumar a clientela. Algumas taxas foram pagas, mas a prostituta começou a não ter mais dinheiro para repassar ao agenciador depois que o marido começou a ficar com todo a quantia dos programas sexuais realizados.
No domingo de manhã, Cascão foi até a casa dela e ameaçou matá-la caso a sua parte do trato não fosse paga. A prostituta contou que o dinheiro estava com o marido, e o cafetão prometeu voltar mais tarde para pegar a quantia. Horas depois, o suspeito retornou, tomou as chaves da mão dela e foi para dentro do imóvel. Enquanto isso, a jovem foi para um posto de combustíveis conversar com amigos.
Durante a conversa, os dois homens teriam discutido, e o agressor esfaqueou a vítima, que ainda tentou se defender e teve cortes nas mãos. Ela não corre risco de morte. Logo depois, o criminoso fugiu a pé.
Após as declarações, a mulher foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, ela foi ouvida e liberada. Um inquérito foi aberto para apurar o caso.