Abalados, familiares e amigos que participavam do velório da secretária Ludmila Braga, de 27 anos, não quiseram falar com a imprensa sobre a morte.
Na manhã desta quinta-feira (17), apenas um amigo dela conversou com a reportagem durante o velório dela no cemitério Renascer, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte,
Um colega de trabalho da jovem, Geraldo Mendes, assessor do vereador Jerson Braga Maia, o Caxicó (PPS), para quem Ludmila também ela também trabalhava, contou que escutou os disparos pelo telefone.
“Estava conversando com um amigo que estava na sala ao lado da dela. De repente, escutei os estampidos dos tiro, ele me deixou na linha e, quando voltou falou: ‘Geraldo, entrou um louco aqui e atirou na Ludmila. Eu estou abalado até agora”, disse.
Segundo o assessor, Ludmila era dedicada ao trabalho e carinhosa com todas as pessoas. O vereador Caxicó também esteve no cemitério, mas não quis comentar o caso.
O crime
A jovem foi morta pelo escrivão da Polícia Civil Cláudio Roberto Passos, de 42 anos, com quem teve um relacionamento amoroso, que terminou há alguns meses.
Nessa quarta, a jovem tinha acabado de pegar serviço no gabinete do vereador Jerson Braga Maia, o Caxicó (PPS), quando foi abordada pelo policial civil.
Para ter acesso à sala do político, o homem se apresentou na portaria como policial e conseguiu entrar armado. Após o crime, ele atirou contra a própria cabeça.
Este é o segundo caso de violência contra mulheres envolvendo policiais civis em Minas em dois dias.
Em Belo Horizonte, 31 mulheres foram vítimas de homicídio e tentativa de homicídio de janeiro a março deste ano, segundo a Sesp. Em todo o Estado, foram 346 casos no mesmo período.