Claudia Soares Alves, a médica acusada de levar uma recém-nascida do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), foi indiciada pelos crimes de falsidade ideológica e tráfico de pessoas. A informação foi confirmada nesta terça-feira (6) ao G1 pelo delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito.
Inicialmente, o delegado informou que o caso estava sendo tratado como sequestro qualificado, mas a atualização das investigações levou ao indiciamento por falsidade ideológica e tráfico de pessoas.
Claudia segue presa preventivamente em Itumbiara, Goiás. O delegado destacou que os trabalhos foram realizados em conjunto com a polícia de Goiás, que reuniu elementos suficientes para o indiciamento da médica.
“O indiciamento ocorreu por conta das oitivas, dos registros de imagens do crime, por encontrar a bebê na casa da médica em Itumbiara e após encontrar itens de criança com a Claudia em Goiás”, explicou Marcos Tadeu.
Sobre a alegação de uso de medicação que teria provocado um surto na médica, Marcos Tadeu informou que os advogados de defesa precisam acionar a Justiça para solicitar um exame de insanidade mental. Segundo o Código Penal, este exame é solicitado quando há dúvidas sobre a saúde mental do acusado e deve ser realizado por um psiquiatra.
A Polícia Civil de Goiás acrescentou que Claudia está no cadastro nacional de adoção, com aptidão psicológica favorável baseada em documentação fornecida por ela. No entanto, essa situação não interfere no indiciamento atual.
Defesa da Acusada
O advogado de Claudia, Vladimir Rezende, declarou que o processo está sob segredo de Justiça. “A única coisa que podemos falar é que independentemente do teor do indiciamento ou até mesmo de eventual denúncia, acreditamos que a questão será resolvida no incidente de insanidade da acusada que já está em andamento”, afirmou Rezende.