Uma menina de apenas 6 anos foi agredida, estuprada e assassinada na cidade de Unaí, no Noroeste de Minas Gerais. O crime ocorreu no fim de semana. O corpo foi encontrado na manhã deste domingo (16) boiando às margens do rio Preto. O padrasto da criança é o principal suspeito do assassinato até o momento. Ele também estuprou e matou a própria mãe 14 anos atrás.
O homem de 36 anos foi preso pela Polícia Civil no domingo (16), após buscas que se iniciaram na última quinta-feira (13). Segundo informações dos investigadores, a menina era autista. A mãe também apresenta indícios de ser portadora de sofrimentos mentais. Grávida, a mulher estava internada para realizar o parto de seu novo bebê. O suspeito teria aproveitado a ausência da companheira em casa para cometer o crime. Ela teve o parto normalmente no sábado (15), mas no dia seguinte sua filha de 6 anos foi encontrada morta.
A mulher continua hospitalizada. O bebê é filho do suspeito do assassinato. O homem cuidava da vítima desde que ela tinha 1 anos e 8 meses. O casal estava junto há cerca de 6 anos.
A criança assassinada já havia fugido de casa anteriormente. Segundo o delegado João Henrique Furtado, testemunhas disseram que ela não se sentia segura ao ficar sozinha com o padrasto. Um cão farejador utilizado nas buscas, que contaram com a ajuda do Corpo de Bombeiros, foi fundamental para encontrar o corpo da menina, que estava desaparecida há 3 dias. A equipe de mergulhadores da corporação também foi acionada.
A perícia constatou diversas lesões no corpo da vítima. “Ela foi molestada sexualmente antes de ser assassinada. Foi esganada, teve a mandíbula e tórax fraturados”, informou Furtado, delegado regional em Unaí.
Homem estuprou e matou a própria mãe
O suspeito exibe histórico criminal grave. Segundo a Polícia Civil, em 2007 ele estuprou e matou a própria mãe. Seis anos depois ele teria abusado sexualmente de uma criança de apenas 3 anos de idade. Os crimes aconteceram na cidade de São Francisco, no Norte de Minas.
O caso de Unaí chamou a atenção dos policiais pela crueldade. A frieza do suspeito também deixou a equipe desconfiada. Segundo informações da delegada Liliam Rodrigues, o homem não ajudou durante as buscas pela enteada. “Ele se mostrou muito frio. Ficou deitado num pasto enquanto procurávamos a menina”, disse a titular da delegacia especializada em atendimento à mulher.
Foi o próprio suspeito quem acionou a Polícia Militar, ao informar que a enteada estava desaparecida. Quando foi interrogado, ele negou que tivesse participado do assassinato e disse que não iria produzir provas contra si mesmo. A prisão em flagrante foi decretada após os investigadores descobrirem o passado de crimes do padrasto. Ele estaria solto atualmente pelo benefício de saída temporária, após ter sido condenado. A Polícia Civil, no entanto, não revelou mais informações sobre o passado do suspeito. Pelos crimes atualmente sob investigação, ele pode ser condenado por abuso sexual e homicídio.
As investigações seguem e a polícia pede que possíveis testemunhas colaborem com denúncias. “As pessoas estão com medo, pois ele apresenta certo grau de periculosidade”, observou a delegada.