Um jovem de 18 anos foi preso no último sábado (1) de dezembro por suspeita de participar de um estupro coletivo. A vítima é uma menina de apenas 9 anos de idade. O caso estarrecedor ocorreu em Manhuaçu, na Zona da Mata Mineira.
A diretora do colégio onde a vítima estuda estranhou quando a menina apresentava dificuldades para sentar. Durante uma conversa — na última quinta-feira (29)— a menina afirmou ter sido violentada por três suspeitos.
A polícia foi acionada e prendeu João Víctor Dias, suspeito de violentar a menina em companhia de pelo menos dois amigos — um de 15 e outro de 16 anos. Na cadeia, o suspeito teria confessado o crime.
Segundo relatos da menina, ela sofria os abusos desde 2016, quando tinha apenas 7 anos de idade.
A menina foi levada a um hospital de Manhuaçu, onde foram constatadas as lesões. “Os médicos disseram que ela tinha muitos machucados nos órgãos genitais e um corrimento característico de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Ela foi medicada como manda o protocolo”, revelou o delegado Felipe Caldas, que cuida do caso.
O delegado dá detalhes sobre como os criminosos agiam. “Ele narrou em detalhes que o estupro se deu por diversas vezes nos últimos dois anos. Os homens a levavam para um campinho no bairro São Jorge, onde vinha acontecendo isso, sempre contra a vontade dela. Eles tampavam a boca da criança, pois ela gritaria durante o ato e introduziam objetos diversos, até mesmo um galho de árvore foi introduzido no ânus da menina”, afirmou. Aos policiais, o suspeito assumiu que fazia ameças à menina caso ela contasse a alguém sobre os estupros.
Os amigos do criminoso que teriam participação no estupro não foram encontrados. “Continuamos as investigações para encontrar todos os envolvidos. Queremos entender qual o papel de cada um no crime e quantas vezes aconteceram esses estupros. Nesta segunda-feira (3), a menina vai ser encaminhada para os órgãos de assistência social e psicológica”, detalhou o delegado.
Segundo a Polícia Civil, as investigações seguem a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. A delegada da unidade terá 10 dias de prazo para concluir o inquérito e solicitar, caso avalie como necessária, a prisão preventiva do suspeito.
PROBLEMAS MENTAIS
Também por meio das redes sociais, um internauta postou fotos da prisão do suspeito com os dizeres “É muito triste essa situação, mas o rapaz tem problemas de atraso mental, não tem um pingo de juizo, provavelmente vai ter a pena convertida em tratamento”.
De acordo com o delegado Felipe Caldas, o jovem não apresenta necessidades especiais. “A família afirma que ele tem um problema mental, mas é um indivíduo articulado, frio e que não demonstra arrependimento. As investigações continuam e se houver algum transtorno, será diagnosticado”, afirmou.