O americano Eric J. Schmitt-Matzen, um engenheiro mecânico de 60 anos, tem a aparência típica de um Papai Noel, com o cabelo e a longa barba brancos como a neve. Não é à toa que, todos os anos, ele se veste como o “bom velhinho” e faz a alegria de diversas crianças. Ele costuma participar de até 80 eventos anualmente. Certo dia, em novembro deste ano, quando estava chegando em casa, recebeu uma ligação urgente de um hospital do Tennessee, nos Estados Unidos, pedindo que ele fosse até lá para realizar o último desejo de um garoto de 5 anos, que estava em estado terminal.
Em entrevista para o jornal Knoxville News Sentinel, Eric Schmitt-Matzen conta que nem teve tempo de colocar a roupa do Papai Noel. “A enfermeira disse: ‘o menino não tem muito tempo. Seu suspensório do Noel é suficiente'”, lembra o americano.
Após apenas cinco minutos, ele chegou até o hospital. Antes de entrar no quarto do garoto, pediu àqueles que não conseguiriam segurar a emoção, que não ficassem no local, para que pudesse fazer seu trabalho sem chorar na frente da criança. “Quando me virei, vi que estava sozinho. Perguntei onde estavam todos, e me disseram que foram para o corredor, chorar”, diz Eric ao tabloide britânico Daily Mail.
Ao entrar no quarto do menino, o “Papai Noel” conta que a criança estava tão fraca que parecia sonolenta, prestes a desmaiar de sono. “Eu sentei na cama dele e perguntei se era verdade que ele iria perder o Natal. Falei que não era possível que ele deixaria de aproveitar o Natal. Afinal, você é meu elfo número 1”, afirma o engenheiro mecânico. O garotinho estranhou e perguntou se era mesmo o elfo nº 1 dele. Eric Schmitt-Matzen confirmou a história e deu um presente ao garoto. “Ele estava tão fraco que nem conseguiu desembrulhar o presente. Quando viu o que tinha dentro, abriu um grande sorriso no rosto”, revela o “bom velhinho” americano.
O inocente menino quis saber, então, se ele iria morrer e o que devia fazer quando chegasse “lá”. “Eu pedi a ele que, ao chegar ‘lá’, dissesse que era o elfo número 1 do Papai Noel e que, assim, o deixariam entrar. Ele perguntou ‘deixarão?’. Eu disse ‘com certeza'”, conta Eric Schmitt-Matzen. Em seguida, o garoto se sentou, abraçou o “Papai Noel” e perguntou “Noel, pode me fazer um favor?”. Estas foram suas últimas palavras. “Eu o agarrei com meus braços. Antes que pudesse dizer alguma coisa, ele faleceu. Ele estava nos meus braços e o senti partir”, diz o americano ao jornal Daily Mail.
Eric Schmitt-Matzen conta que não conseguiu segurar as lágrimas e que foi embora para casa, chorando. “Eu passei quatro anos no exército, vi muita coisa. Eu sei que os médicos e as enfermeiras estão acostumados com esse tipo de coisa, mas não sei como suportam”, afirma o “bom velhinho”. Ele explica que essa situação o comoveu de tal modo que ficou semanas triste, pensando em desistir de interpretar o grande símbolo do Natal. Mas, de acordo com Eric, na primeira vez que voltou a vestir a fantasia de Papai Noel e recebeu o retorno positivo das crianças, teve a certeza de que devia seguir com o trabalho.